O prefeito Ricardo Nunes (MDB) decidiu não entregar uma secretaria para o seu vice eleito, coronel Ricardo Mello Araújo, do PL.
O coronel, no entanto, deve ter status de “secretário especial”, num cargo de assessoria que não dispõe de orçamento próprio, nem estrutura ou funcionários para ajudar a cuidar de temas e projetos especiais designados.
Havia a expectativa de que Mello Araújo pudesse ocupar a secretaria de Esportes ou de Segurança Urbana, o que foi rejeitado segundo fontes próximas ao prefeito.
Nunes teria cogitado, então, entregar a pasta de Transportes ao seu aliado político.
Uma das maiores e mais complexas pastas do governo, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito disporá, em 2025, de um orçamento que deve superar R$ 11 bilhões — inflado pelo subsídio à passagem de ônibus.Play Video
O problema, alertado a Nunes por aliados, é que a pasta é crítica e foi centro de uma série de conflitos históricos na cidade, tornando difícil entregar o comando dela a um aliado “indemissível”.
O PL, partido de Mello Araújo e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), fiador político da candidatura do prefeito à reeleição, pleiteava uma pasta de maior estrutura e orçamento, como Saúde e Educação.
Fontes relataram à CNN, no entanto, que existe a possibilidade dos atuais chefes das pastas se manterem no cargo e entregar as secretaria ao PL estaria descartado.
No caso da Educação, o prefeito não estaria satisfeito com os resultados apresentados e teria demonstrado interesse em indicar um secretário executivo que respondesse diretamente a ele e cuidasse das questões pedagógicas.
Um dos motivos é a tentativa de fazer a cidade avançar no Ideb, principal indicativo de aprendizagem do Ministério da Educação. A cidade ficou abaixo da meta em 2023.