O setor agropecuário foi o único a apresentar queda no número de trabalhadores durante o terceiro trimestre, com 4,7% menos pessoas empregadas que no mesmo período de 2023. O dado foi apresentado nesta quinta-feira (31/10) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a pesquisa 7,99 milhões de pessoas estavam empregadas no setor agropecuário, na comparação com 8,4 milhões um ano antes.
A taxa de desemprego geral no país caiu para 6,4% no terceiro trimestre, ante 6,9% no segundo trimestre. A taxa também ficou bem abaixo de igual período de 2023 (7,7%).
O mercado de trabalho apresenta avanços desde a segunda metade de 2022, com maior intensidade a partir de 2023, e não registra apenas melhorias isoladas em um trimestre ou outro, afirmou a coordenadora das Pesquisas por Amostras de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Adriana Beringuy.
Segundo ela, o bom momento do mercado de trabalho tem relação direta com o ambiente econômico, cujo desempenho foi observado no resultado do Produto Interno Bruto (PIB) e de outras pesquisas conjunturais. O momento atual tem sido de “melhoria sistemática do mercado de trabalho, seja pelos seus contingentes, seja pelo seu rendimento, forma de inserção ou aumento de trabalhadores formais”, afirmou.
A população de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, mas não conseguiram encontrar – caiu para 7 milhões de pessoas, o menor contingente desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.Isso representa um recuo de 7,2% em relação ao segundo trimestre (menos 541 mil pessoas ocupadas). Frente a igual trimestre de 2023, caiu 15,8% (1,3 milhão de pessoas).
No terceiro trimestre, o país tinha 103 milhões de pessoas ocupadas (empregados, empregadores, funcionários públicos), novo recorde da pesquisa. O número aponta aumento de 1,2% frente ao segundo trimestre (mais 1,2 milhão de pessoas) e crescimento de 3,2% frente a igual período de 2023 (mais 3,2 milhões de pessoas).
Renda
A renda média dos trabalhadores recuou 0,4% no terceiro trimestre, ante o segundo trimestre, para R$ 3.227, segundo a Pnad Contínua. A diferença é de R$ 13 a menos. O rendimento médio real habitual dos trabalhadores considera a soma de todos os trabalhos.
A variação foi classificada pelo IBGE como estabilidade estatística por estar dentro da margem de erro da pesquisa. Na comparação com igual trimestre de 2023, houve alta de 3,7% (R$ 114 a mais/).
Já a massa de rendimentos real habitualmente recebida por pessoas ocupadas (em todos os trabalhos) foi de R$ 327,743 bilhões no terceiro trimestre.
O número aponta alta de 0,8% frente ao segundo trimestre ou R$ 2,524 bilhões a mais na economia. A variação, no entanto, foi classificada como estabilidade estatística. Frente a igual período de 2023, há aumento de 7,2% (mais R$ 21,952 bilhões a mais).