O agronegócio brasileiro registrou no primeiro trimestre deste ano um ritmo de contratações mais acelerado que os demais setores no país, atingindo nível recorde de empregados, segundo pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
No primeiro trimestre do ano, foram registradas 28,6 milhões de pessoas contratadas no agronegócio brasileiro, um recorde da série histórica, iniciada em 2012. O número de contratados avançou 3% (ou 827 mil pessoas) no primeiro trimestre, ante igual período de 2023. No mercado de trabalho total do Brasil, o aumento no período foi de 2,3% (ou 2,38 milhões de pessoas).
Com esse desempenho, o agronegócio respondeu por 26,85% do total de pessoas empregadas no país no primeiro trimestre, ante 26,67% no mesmo período do ano passado.
O segmento que mais cresceu em número de contratações no trimestre foi o de agrosserviços, com aumento de 9,9% no número de trabalhadores (962 mil pessoas). A população ocupada nas agroindústrias cresceu 3,4% (149 mil pessoas). O segmento de insumos teve aumento de 1,3% no número de contratados (3,9 mil pessoas).
Por outro lado, houve redução de 3,5% nas contratações da agropecuária (288 mil pessoas), devido principalmente a quedas na sojicultura (11,3% ou 61,9 mil pessoas), cafeicultura (9% ou 51,1 mil pessoas), horticultura (5,8% ou 33,3 mil pessoas), fumicultura (14,5% ou 33,3 mil pessoas), bovinocultura (6% ou 118,4 mil pessoas), avicultura (7,5% ou 15,9 mil pessoas) e suinocultura (11,6% ou 11,4 mil pessoas).
Perfil dos contratados
Em relação ao perfil da mão de obra do agronegócio, foi observada expansão de contratações em todos os perfis. As contratações com carteira assinada avançaram 6,4% (ou 583,8 mil pessoas). As contratações sem carteira aumentaram 6,8% (269 mil) e o número de trabalhadores por conta própria aumentou 5,5% (56,5 mil).
Em relação ao nível de instrução, houve aumento de 11,9% nas contratações de profissionais de nível superior (503,7 mil pessoas) e de 5,2% de profissionais com ensino médio (551,4 mil). Houve queda de 1,1% (121,7 mil pessoas) nas contratações de pessoas com ensino fundamental e queda de 6,1% (106,8 mil) nas contratações de pessoas sem instrução.
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