A definição do deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL) como novo relator da CPMI do INSS movimentou os bastidores em Brasília na última semana. O parlamentar assumiu a função que chegou a ser atribuída ao deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), que havia iniciado a construção do plano de trabalho da comissão.
Mais cedo, antes do início da reunião, Ayres reafirmou que seguirá com o mesmo objetivo e propósito. “Fazer valer a justiça contra aqueles que causaram prejuízos bilionários aos aposentados e pensionistas”.
Apesar da mudança na relatoria, o deputado tocantinense reagiu com serenidade. Em pronunciamento público, afirmou que a decisão faz parte do jogo político e garantiu que continuará atuando com firmeza. “Sigo como membro titular, com o mesmo compromisso de trabalhar firme para investigar e combater as fraudes no INSS. Nada disso me abala. A política é assim, cada etapa tem seu momento, e eu sigo com serenidade e dedicação”, declarou, desejando ainda “excelente condução dos trabalhos” ao novo relator.
A postura foi bem recebida e reconhecida pelo próprio Alfredo Gaspar. Em sua fala de estreia, o alagoano contou que chegou à Câmara “oriundo do Ministério Público” imaginando que teria pouco a aprender com os colegas, mas que logo percebeu estar enganado ao conhecer “homens e mulheres muito honrados”. Ao citar Ayres, destacou que a mudança na relatoria decorreu da falta de consenso na presidência da CPMI, mas fez questão de ressaltar que o tocantinense é um “homem decente e honrado”, pelo qual nutre “consideração e admiração”.
Gaspar anunciou ainda que decidiu incorporar ao plano oficial da CPMI parte do material já elaborado por Ayres.