O corpo da publicitária Juliana Marins, que morreu após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, passou por uma nova autópsia na manhã desta quarta-feira (2) no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Rio de Janeiro.
O exame foi conduzido por dois peritos da Polícia Civil, com acompanhamento de um agente da Polícia Federal e de um representante da família. A nova necropsia foi autorizada pela Justiça Federal após pedido da DPU (Defensoria Pública da União).
De acordo com a polícia, a autópsia teve início às 08h30 e durou pouco mais de duas horas. Um laudo preliminar deve ser entregue em até sete dias.
Segundo a defensora Taísa Bittencourt Leal Queiroz, o novo procedimento foi solicitado por “ausência de esclarecimento sobre a causa e o momento exato da morte” no laudo da polícia indonésia.
A primeira autópsia, feita em um hospital de Bali, apontou múltiplas fraturas e lesões internas, descartando hipotermia. O legista indonésio disse que Juliana teria sobrevivido por até 20 minutos após o impacto, sem indicar o dia exato do acidente.
O exame, no entanto, não trouxe detalhes sobre o dia da morte e nem como as fraturas foram causadas.
A divulgação do laudo em coletiva de imprensa, antes de ser repassado à família, foi criticada por parentes. Usando o perfil criado pela irmã da jovem, Mariana Marins, para atualizar informações sobre o caso desde o inícios das buscas, os familiares destacaram como descaso o fato de não terem sido comunicados antes sobre o resultado da primeira autópsia.
A Defensoria Pública também enviou ofício solicitando a abertura de inquérito pela Polícia Federal para investigar o caso.
Juliana, de 24 anos, morreu após sofrer uma queda durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. Ela ficou desaparecida por quatro dias até ser localizada sem vida pelas equipes de resgate.
Juliana era natural de Niterói (RJ), onde ocorrerá o velório. A Prefeitura da cidade custeou os gastos com o traslado internacional e o sepultamento.