O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) realiza até sexta-feira, 9, a terceira etapa da aplicação do Formulário de Caracterização das Famílias Torrãozeiras que vivem no Parque Estadual do Cantão (PEC). A ação, que teve início na segunda-feira, 5, ocorre no município de Caseara, com o intuito de mapear os aspectos socioeconômicos e ambientais dos torrãozeiros, por meio da coleta de informações detalhadas que auxiliem no acompanhamento da comunidade.
A iniciativa integra o Termo de Compromisso nº 04/2022, firmado entre o Naturatins e a Associação dos Micros e Pequenos Produtores Ruralistas e Ambientalistas das Ilhas do Cantão e Araguaia (Ampril), com a mediação do Ministério Público Federal (MPF). O documento estabelece um grupo de acompanhamento para a aplicação do formulário, garantindo um levantamento detalhado sobre as famílias torrãozeiras. A primeira etapa, realizada em fevereiro no distrito de Barreira do Campo, em Santana do Araguaia (sul do Pará), contemplou 22 famílias. Na segunda fase, realizada em março no município de Caseara, foram coletados os dados dos 13 torrãozeiros.
O formulário busca traçar um panorama completo da situação das famílias, incluindo aspectos sociais, econômicos e ambientais. Nele, são coletadas informações sobre a origem, o histórico da chegada ao local, a estrutura familiar, a fonte de renda, as atividades produtivas, o uso do fogo, o acesso a recursos naturais, entre outras informações.
A ação é realizada por meio das equipes do PEC e da Gerência de Suporte ao Desenvolvimento Socioeconômico do Naturatins. A supervisora do Parque, Aline Vilarinho, ressalta a relevância da ação para a construção de um diagnóstico mais preciso. “Essa etapa do trabalho é fundamental para compreendermos a realidade das famílias torrãozeiras, suas necessidades e modos de vida. Neste momento, estamos na fase teórica, coletando informações detalhadas que serão posteriormente convalidadas em campo, quando as condições permitirem o acesso. A partir desse levantamento, será possível elaborar um diagnóstico da situação, que poderá subsidiar futuras decisões, visando ao equilíbrio entre a conservação do Parque e as atividades desenvolvidas por essas comunidades”, explicou.