O jornalista Cid Moreira morreu, nesta quinta-feira (3), aos 97 anos, por insuficiência renal, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Apesar de ter se destacado por comandar o Jornal Nacional, da TV Globo por 26 anos, o paulista da cidade de Taubaté também se aventurou por outras searas ao longo dos seus mais de 80 anos de carreira.
Além de âncora de telejornal e locutor, Cid Moreira também se dedicou à gravação de álbuns em que narrava salmos e outros trechos da Bíblia. “Quem é Jesus?”, “Momentos do Velho Testamento”, “Oração da Minha Vida” e “Quem É Jesus?” se unem à regravação de “Desiderata”, poema clássico do escritor norte-americano Max Ehrmann.
Em 2001, o jornalista lançou uma coleção de 11 CDs em que ele narrava todo o Novo Testamento da Bíblia. Em entrevista ao Conversa com o Bial, da TV Globo, Cid contou que o projeto já havia batido a marca das 50 milhões de unidades vendidas, contrariando a expectativa inicial do produtor, que não o considerava vendável.
“Vendeu que nem água”, afirmou. “Nasceu na minha cabeça a ideia de gravar a Bíblia toda. Falei com o produtor e ele disse que não era comercial, que ia demorar muito tempo. Realmente, foram quase sete anos. Mas hoje a Bíblia que eu gravei está em tudo o que você imaginar.”
Além da narração de textos cristãos, Cid também se aventurou no cinema. O paulista foi o narrador do filme “2 Filhos de Francisco”, de 2005, que narra a história de vida da dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano e tem direção de Breno Silveira. Mais tarde, em 2023, o jornalista se aventurou no universo da dublagem e integrou o time que passou para o português o fime “Tudo por um Furo”, que conta a história de um grupo de jornalistas recrutado para montar um canal de notícias que fica no ar 24 horas por dia.