O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse, nesta terça-feira (19), que não tem “intenção nenhuma de ir para a Disney”, ao ser questionado por jornalistas sobre sanções impostas a seus familiares pelo governo dos Estados Unidos.
Padilha voltou a classificar os atos do governo dos Estados Unidos como “covardia” e reforçou que as decisões de Donald Trump não vão abalar a defesa do Programa Mais Médicos.
“O maior impacto para a minha família é o fato de que eu tenho um irmão que é cidadão americano, que vive nos Estados Unidos. Tenho a esposa do meu pai que vive nos Estados Unidos (…) Então, a gente vai se encontrar em outros lugares, está certo?¨, disse o ministro.
A família foi informada dos cancelamentos na semana passada por meio de comunicado enviado pelo Consulado-Geral dos Estados Unidos em São Paulo.
De acordo com uma nota assinada pelo secretário de Estado Marco Rubio, o conjunto de ações visa punir a “cumplicidade com o esquema de exportação de mão de obra do regime cubano, no âmbito do programa Mais Médicos”.
Além dos familiares de Padilha, Mozart Julio Tabosa Sales, atual secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-coordenador-geral para a COP30, ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde e ex-diretor de Relações Externas da Opas, também tiveram seus vistos cancelados.
A jornalistas, Padilha também disse que, apesar das sanções, avalia ir para a conferência da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), sediada nos EUA.
“Eu não tenho decisão ainda se vou poder participar ou não, mas caso venha a participar, certamente que um acordo sério tem que permitir uma autoridade convidada por esses sistemas da ONU e da OPAS. Nenhum país do mundo pode impedir o acesso de uma autoridade a participar de um evento como esse”, disse.