Um crime de trânsito fictício foi o enredo do júri simulado realizado pelos estudantes da segunda fase do ensino fundamental da Escola de Tempo Integral (ETI) Padre Josimo Tavares na manhã desta segunda-feira, 22. Segundo a Secretaria Municipal de Educação de Palmas (Semed), a experiência enriquecedora prendeu a atenção dos estudantes, educadores e autoridades presentes.
A atividade integra a programação da Semana Nacional de Trânsito e teve como objetivo despertar a consciência crítica dos estudantes para a responsabilidade coletiva na construção de um trânsito mais seguro. Por meio da encenação, os alunos puderam aprender, na prática, noções do Código Penal, Código de Processo Penal e Código de Trânsito Brasileiro, além de desenvolver competências como argumentação, oratória, empatia e senso de justiça.
O caso fictício julgado foi o do réu José Carlos Mota, interpretado por Virgílio Fraga, pai de aluno da ETI Padre Josimo. O enredo simulou um acidente de trânsito com vítima fatal, ocorrido em 8 de novembro de 2014, quando José Carlos, após assistir a um jogo da Copa do Mundo em um shopping da cidade e ingerir bebida alcoólica, recebeu uma ligação do filho pedindo socorro para a mãe que estava passando mal. Ao dirigir de volta para casa, o condutor perdeu o controle do veículo, invadiu a contramão e colidiu com outro carro, resultando na morte da estudante de medicina Beatriz.
O júri, composto por autoridades e convidados, dentre eles o secretário municipal de Governo, Sérgio Vieira Marques, teve a missão de decidir o resultado do julgamento com base nos argumentos apresentados pelas equipes de acusação e defesa, formadas pelos próprios estudantes. Ao final, José Carlos Mota foi considerado culpado.
Iniciativa aprovada
“Estou emocionada com tudo o que vi aqui, mas isso é apenas uma parte dos talentos que temos na rede. Agradecemos aos parceiros e é isso que nós queremos para todos os estudantes da nossa rede: que cheguem às universidades e alcancem bons postos de trabalho”, destacou a secretária municipal da Educação, Anice Moura.
O superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Alonso Trindade, lembrou que a realização de um projeto desse porte exige preparo e profissionalismo. “Para realizar o que está sendo feito aqui tem que ser muito profissional. Aos alunos que se envolveram no projeto, quero dizer que escolheram uma temática muito importante, que é o trânsito”, ressaltou.
Entre os estudantes que atuaram no julgamento, a aluna do 9º ano Priscila Rebeca interpretou a defensora do réu. “Foi uma experiência incrível porque eu aprendi muito sobre as normas de trânsito e também sobre outras coisas que vão me ajudar bastante. Ainda estou avaliando, mas acredito que tenho uma grande chance de seguir na área jurídica”, contou.