Em uma situação inédita no Brasil, o estado do Rio Grande do Sul enfrenta uma crise multifacetada, envolvendo aspectos humanitários, de abastecimento, segurança pública e logística. Armin Braun, diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD), explicou os desafios de lidar com essa complexa situação.
As chuvas intensas que atingiram o estado superaram as previsões e impactaram severamente a capacidade de resposta dos municípios. Os municípios perderam qualquer capacidade de fazer frente a uma situação como essa
, afirmou Braun.
O Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil, que engloba órgãos municipais, estaduais e federais, foi acionado para enfrentar a crise. O Estado passa a fornecer suporte de capacidade de resposta e depois o governo federal também chega
, explicou o diretor do CENAD.
Diversas organizações federais, como as Forças Armadas, Ministério da Saúde e Desenvolvimento Social, foram mobilizadas em um esforço conjunto. O grande desafio é gerenciar isso com muitas instituições dos três níveis de governo
, ressaltou Braun, destacando a importância da sociedade civil, setor privado e população nesse processo
O diretor enfatizou o papel crucial das ações de “auto-salvamento” e proteção comunitária nos momentos iniciais de um desastre. Entre 90 e 95% das pessoas que são salvas em desastres, elas são salvas por ações próprias ou da própria comunidade até que o aparato estatal chegue lá
, citou como exemplo o caso do Japão.
A gestão dessa crise complexa no Rio Grande do Sul exige uma coordenação eficiente entre os diferentes atores envolvidos, destacando a importância da resposta rápida e da mobilização de recursos em múltiplas frentes.
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