O Ministério Público de São Paulo abriu um inquérito para investigar o cantor Filipe Ret após denúncia de uma vereadora do estado. O procedimento foi instaurado após uma fala do artista durante sua apresentação no festival The Town, realizado no Autódromo de Interlagos, em setembro deste ano.
Durante o show, Filipe Ret declarou apoio ao amigo e colega de profissão, Oruam, que passou 69 dias preso acusado pelos crimes de tentativa de homicídio, tráfico de drogas, associação para o tráfico, ameaça, lesão corporal, dano, resistência e desacato. “Liberdade ao Oruam, porra. MC não é bandido”, disse o cantor no palco do festival.
Amanda Vettorazzo (União Brasil) considera a manifestação uma apologia a um indivíduo preso por envolvimento com o crime organizado.“É inadmissível ele usar o espaço público da cidade de São Paulo para pedir liberdade de um bandido, já que o Oruam estava preso na ala do Comando Vermelho”, afirmou.
O Ministério Público informou que irá apurar as circunstâncias da manifestação e avaliar se houve promoção de discursos ligados a organizações criminosas.
Em janeiro deste ano, a vereadora apresentou o chamado Projeto de Lei Anti-Oruam, que proíbe a Prefeitura de São Paulo de contratar artistas que promovam ou façam apologia ao crime, prevendo ainda a devolução integral dos valores recebidos em caso de descumprimento.







