A tirzepatida, princípio ativo do medicamento Mounjaro, da Eli Lilly, pode reduzir a eficácia de contraceptivos orais, como a pílula, em mulheres com sobrepeso e obesidade. É o que alerta a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MRHA), do Reino Unido. O órgão é equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil.
O alerta foi feito em uma publicação realizada na quinta-feira (5). A orientação já está presente na bula do medicamento, indicado para o tratamento do diabetes tipo 2, mas que também apresenta efeitos na perda de peso. O risco está associado à forma de funcionamento da caneta, que leva ao esvaziamento gástrico, podendo afetar a absorção de medicamentos orais.
Por isso, a agência britânica recomenda que mulheres que estejam fazendo o tratamento com Mounjaro utilizem métodos contraceptivos não orais, como implante, preservativos ou dispositivo intrauterino (DIU).
Agência orienta que mulheres que usam Ozempic, Wegovy e Mounjaro façam uso de contraceptivos
A MRHA também orienta mulheres que tomam medicamentos populares que levam à perda de peso, como o Wegovy, Ozempic e Mounjaro, a usarem métodos contraceptivos eficazes enquanto estiverem realizando o tratamento. Além disso, a agência recomenda que a contracepção seja mantida, em alguns casos, por até dois meses após o fim do tratamento, caso haja a vontade de engravidar.
A orientação é feita levando em consideração que não há dados científicos sobre segurança no uso desses medicamentos em mulheres grávidas. Por isso, qualquer pessoa que engravide enquanto faz o tratamento com as chamadas “canetas emagrecedoras” deve interromper o uso imediatamente. O mesmo vale para mulheres amamentando.
“Qualquer pessoa que engravide enquanto os utiliza deve consultar um profissional de saúde e interromper o uso do medicamento o mais rápido possível”, afirma a agência em comunicado.