A previsão de chuvas e tornados nos Estados Unidos é um dos principais fatores observados pelo mercado de grãos na abertura da bolsa de Chicago nesta segunda-feira (21/4). O milho é negociado em leve alta, de 0,2%. Os papéis com entrega para julho são negociados a US$ 4,9125 por bushel.
A valorização é provocada pela previsão de condições climáticas adversas nos Estados Unidos, com chuvas em excesso no Estado de Oklahoma, que já registra inundações, tempestades e alertas de tornados para outras regiões produtoras.
Segundo a consultoria Granar, as chuvas podem acentuar o atraso já existente nas atividades de plantio da safra 2025/26 e até mesmo afetar a condição das lavouras que já foram semeadas.
As condições climáticas também podem afetar o trigo e a soja mas que, por sua vez, operam em queda.
A soja cai 0,36%, a US$ 10,4400 por bushel, como parte de realização de lucros após o final de semana mais longo em razão do feriado da Semana Santa, onde a bolsa não operou na sexta-feira (18/4).
Área maior de soja no radar
Por outro lado, o excesso de chuvas nos EUA oferece risco para as cotações da oleaginosa diante da possibilidade de que o atraso com o plantio de milho leve à adoção de uma maior área de soja plantada, uma vez que possui uma janela de plantio mais longa do que a do milho, pontua a Granar. Paralelamente, e acompanhando as altas, segue a segunda guerra comercial entre os EUA e a China.
O trigo para julho, por sua vez, recua 0,93% a US$ 5,5700 por bushel. A previsão de chuvas na região do Mar Negro contribui para o movimento, uma vez que aliviaria o tempo seco nas lavouras.
Também operam sobre o mercado de trigo a chuva nos EUA, a guerra comercial e a queda do dólar em relação ao euro, que favorece as exportações mas sugere uma possibilidade de recessão para Washington.