Os contratos de milho e trigo começam a terça-feira, 28/01, em alta na bolsa de Chicago, revertendo o comportamento de ontem.
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Os lotes de trigo para março, os mais negociados, valem agora perto das 11h45, US$ 3,5840 o bushel, 0,56% mais que no último fechamento.
Nos últimos dias, o trigo caiu na bolsa em razão da redução nas tarifas de exportação da Argentina, que deve aumentar a oferta no mercado internacional.
Na semana passada, o governo argentino anunciou a redução das taxas de 12% para 9,5% desde ontem com validade até junho deste ano.
Nos negócios do milho em Chicago, os contratos para março sobem 0,71%, para US$ 4,9275 o bushel.
Já a soja opera de forma estável nesta manhã, com os papéis para março a US$ 10,4525 o bushel.
Ontem, Ismael Menezes, sócio da MD Commodities, avaliou que a redução das taxas para exportação de soja da Argentina é um dos fatores que favorece o recuo da soja. A previsão de clima mais úmido para áreas produtoras no país vizinho e também em algumas localidades do Brasil, e ainda movimentos técnicos completam o quadro de fatores de baixa para o grão.
“Há chuvas acontecendo no Rio Grande do Sul com mais previsão de tempo úmido durante a semana. O mesmo é esperado para a Argentina. Além disso, como tivemos movimentos intensos de alta para a soja, vemos uma força de correção que coloca pressão sobre os contratos futuros”, destacou Menezes.
Para ele, a tendência ainda é de queda para a soja na bolsa de Chicago, quando analisados os fundamentos de oferta na América do Sul.
“Temos uma previsão de safra de soja no Brasil na casa das 170 milhões de toneladas, que na nossa visão é muito tranquilo de se alcançar. Junto a isso, temos alguns dados indicando que a seca na Argentina pode não ter um impacto tão severo quanto se imaginava para produção”.