Metade dos jovens brasileiros que investem deixou de ir em festas aos finais de semana para guardar dinheiro e fazer novas aplicações, mostra pesquisa da Rico.
A pesquisa “Quem são os jovens investidores brasileiros?” entrevistou 1.008 pessoas entre 24 e 35 anos que já realizaram algum tipo de investimento financeiro. O resultado mostrou que 48% deles deixaram as saídas de lado para focar nos investimentos.
Os números apontam ainda que 45% pararam de comprar itens não essenciais e 37% evitaram pedir delivery. Além disso, 31% afirmaram viajar menos por conta da prioridade financeira
Entre os entrevistados, 46% afirmaram que investem regularmente, mesmo sem ser a principal prioridade do orçamento, enquanto 41% disseram que investir é a prioridade número um.
Em relação à frequência de novos aportes, a maioria dos entrevistados (79%) afirmou que separa uma quantia mensal para investir, enquanto 21% investem de forma mais esporádica. 65% dos entrevistados afirmaram realizar novos investimentos mensalmente, 18% semanalmente e 11% a cada três meses.
Sobre o valor investido, 46% dos jovens afirmaram que esperam aumentá-lo significativamente, com mais aplicações do que retiradas. Outros 41% planejam aumentar um pouco seus investimentos, enquanto 10% pretendem manter a quantia atual.
Tipos de investimentos mais populares entre os jovens
A pesquisa também mostrou que 52% dos jovens têm uma tolerância moderada ao risco, contra 36% que preferem investimentos mais seguros. Somente 12% afirmaram que possuem alta tolerância ao risco e estão dispostos a aumentar a exposição atual.
Apesar disso, entre os investimentos favoritos dos jovens, 50,35% afirmaram ter dinheiro na caderneta de poupança. Metade dos entrevistados também disse ter entre 20% e 40% da carteira de investimento em renda fixa.
Certificado de Depósito Bancário (CBD) é o favorito na categoria renda fixa, com 76,5% tendo algum título do tipo. Já o Tesouro Direto está em segundo lugar, com 61,39%.
O principal motivo apontado pelos jovens para 83% dos jovens investidores em renda fixa é a segurança e a previsibilidade de rendimento.
Já na renda variável, 42% dos entrevistados afirmaram alocação entre 10% e 30%, enquanto 25% disseram depositar entre 30% e 50%.
Entre os jovens, 37% possuem menos de R$ 5 mil acumulados em investimentos. Outros 23% têm entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. Cerca de 14% afirmaram possuir mais de R$ 50 mil.
Entre os motivos de aporte nessa modalidade está o potencial de receber altos retornos (29%). Já 22% citaram construção de patrimônio a longo prazo e 20% apontaram interesse em aprender mais sobre o mercado.