Depois de abrir em alta, o preço do café arábica inverteu a tendência e fechou em queda na bolsa de Nova York, nesta quinta-feira (23/10). Cacau e açúcar encerraram a sessão em alta. Outro destaque da sessão foi o suco de laranja, que subiu mais de 11% nos principais contratos.
O contrato para dezembro de 2025, o mais negociado na bolsa, fechou a sessão valendo US$ 4,10 por libra-peso, queda de 2,54%, próximo da mínima do dia, que foi de US$ 4,08. Os lotes chegaram a valer a US$ 4,37 a libra-peso. É o único vencimento que permanece na casa dos US$ 4.
O contrato com entrega em março de 2026 caiu 2,26% e encerrou a US$ 3,89 a libra-peso, também próximo da mínima do dia, que foi de US$ 3,87. O contrato chegou a ser cotado a US$ 4,14 durante a sessão.
Os operadores do mercado futuro acompanham, principalmente, o quadro de oferta e demanda nos Estados Unidos, maior consumidor mundial, e as condições climáticas nas regiões cafeeiras do Brasil, maior produtor mundial.
O mercado americano é o principal destino do café brasileiros, e os exportadores ainda buscam maneiras de reverter as tarifas de importação do produto, impostas pelo presidente Donald Trump.
Nesta semana, representantes do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) se reuniram com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin.
Em comunicado, a entidade informou que há duas alternativas para o Brasil reverter as restrições tarifárias ao comércio de café com os Estados Unidos. A primeira é o produto ficar isento de tarifas até que os dois países cheguem a um acordo comercial. A outra é o café seguir na lista de isenção produto a produto.
O mercado de café deve ser um dos principais assuntos a serem tratados na reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. Os dois devem conversar neste domingo (26/10), na Malásia.
Preço do cacau voltou a subir
O preço do cacau voltou a subir nesta quinta-feira (23/10). O contrato com vencimento em dezembro de 2025, o mais negociado, encerrou a sessão cotado a US$ 6,339 mil por tonelada, alta de 0,69%. Os lotes para março de 2026 ajustaram para US$ 6,419 mil por tonelada, elevação de 0,88%.
O mercado segue acompanhando o cenário de incertezas relacionadas à oferta da amêndoa. Análise divulgada pelo site Mercado do Cacau informa que há relatos de grãos pequenos e chuvas irregulares na Costa do Marfim, maior produtor mundial. E os estoques certificados na bolsa (ICE Futures US) registram queda, o que seria um indicativo de aperto logístico no setor.
Açúcar teve alta de mais de 1%
A quinta-feira (23/10) foi de alta para o açúcar na bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em março de 2026 subiu 1,26% e fechou a 15,29 centavos de dólar por libra-peso. Os lotes para maio do ano que vem encerraram a sessão valendo 14,78 centavos de dólar, valorização de 1,16%.
Suco de laranja subiu mais de 11%
O preço do suco de laranja encerrou a sessão desta quinta-feira (23/10) em altas de mais de 11% na bolsa de Nova York. Apenas o contrato de mais curto prazo ficou abaixo dos US$ 2 a libra-peso.
O vencimento de dezembro de 2025 fechou em US$ 1,95 por libra-peso, na máxima do dia. A alta foi de 11,37%. Janeiro de 2026, o mais negociado na bolsa também fechou na máxima da sessão, a US$ 2,05 por libra-peso, elevação de 11,10%.
Algodão também teve avanço na sessão
O preço do algodão fechou em alta na bolsa de Nova York, nesta quinta-feira (23/10). O contrato para dezembro de 2025 subiu 0,52% e ajustou para 64,07 centavos de dólar por libra-peso. Os lotes para março de 2026 fecharam em 65,67 centavos de dólar por libra-peso, aumento de 0,38%.