O ministro da Educação, Camilo Santana, disse nesta quarta-feira (13) que trabalha para que a COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas) no Brasil tenha um dia dedicado à educação ambiental. Para ter este espaço, o MEC (Ministério da Educação) tem negociado com a secretaria-executiva do país no evento global, que ocorrerá entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém, no Pará.
“A educação ambiental de orientação nas escolas é uma grande ação de prevenção. A gente pode ter um olhar sobre a questão ambiental nas escolas, desde o Ensino Fundamental até o Ensino Médio”, afirmou Santana no programa “Bom Dia, Ministro”, produzido pelo Canal Gov da EBC (Empresa Brasil de Comunicação).
Na entrevista, o ministro também declarou quer mostrar ao mundo as experiências brasileiras em universidades e institutos federais na área ambiental.
Ensino técnico na mira
Aos radialistas de várias partes do país, o ministro Camilo Santana falou sobre a restrição de celulares nas escolas no combate à adultização e anunciou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá regulamentar, nos próximos dias, a Política Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, vinculada ao Ensino Médio.
Como parte da estratégia defendida pelo ministro para ampliação dessa modalidade de ensino está o Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados), sancionado em janeiro pela Presidência da República. Pela proposta, os estados em dívida com a União poderão abater parte dos juros que seriam cobrados em troca de investir 60% desse valor na educação técnico-profissionalizante de jovens do Ensino Médio.
Santana mencionou ainda que, em uma consulta sobre o Ensino Médio no Brasil, em 2023, houve a manifestação do interesse de 85% dos alunos por cursos técnicos profissionalizantes.
De acordo com o Censo Escolar 2024, a proporção de estudantes do Ensino Médio matriculados em programas de EPT (Educação Profissional e Tecnológica) aumentou, entre 2023 e 2024, de 15% para 17,2%. O ministro enfatizou que o governo federal tem o objetivo de dobrar o número de alunos do ensino técnico nos próximos cinco anos.