A ministra das Relações Intitucionais Gleisi Hoffmann (PT) disse nesta quinta-feira (13/11) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu o apoio de ministros que já foram governadores para mobilizarem as bases na votação das pautas sobre segurança pública que tramitam no Congresso: o Projeto de Lei (PL) Antifacção e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública.
Ambos os textos são apostas do governo sobre a segurança e o Congresso se tornou palco de embates com a oposição sobre o tema.
A informação foi dada a jornalistas depois de uma reunião convocada por Lula no Palácio do Planalto. Segundo a ministra, Lula queria ouvir a experiência dos ex-governadores sobre o tema da segurança pública enquanto estavam à frente dos Executivos estaduais.
O encontro, que durou mais de duas horas, reuniu os seguintes nomes:
- Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública;
- Fernando Haddad, ministro da Fazenda;
- Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, vice-Presidente da República e ex-governador de São Paulo;
- Rui Costa, ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia;
- Renan Filho, ministro dos Transportes e ex-governador de Alagoas;
- Camilo Santana, ministro da Educação e ex-governador do Ceará;
- Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e ex-governador do Piauí;
- Waldez Góes, ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional e ex-governador do Amapá.
“Foi uma reunião muito interessante e produtiva porque os nossos ministros ex-governadores reiteraram a importância da aprovação desses marcos legais, principalmente a PEC da Segurança, que desde abril está no Congresso, na Câmara dos Deputados, para fazer exatamente a integração das forças de segurança federal com as estaduais e municipais”, afirmou Gleisi.
“Então o presidente queria ouvir sobre isso e pedir o empenho também para sensibilizar o Congresso, para a gente aprovar isso para nos dar mais instrumentos de fazer esse enfrentamento conjunto com os estados”, continuou a ministra.
Ainda de acordo com Gleisi, Haddad apontou, durante a reunião, que o projeto do devedor contumaz, que tramita na Câmara, também é “fundamental” para o combate ao crime organizado. “Ele dá condições também de fazer esse enfrentamento, lembrando aqui os papéis relevantes na inteligência da Receita Federal e do COAF”, disse.
Gleisi também apontou que o governo busca a aceleração da votação da PEC da Segurança Pública para que os projetos sejam discutidos juntos no Congresso. A PEC, porém, aguarda votação na comissão temática da Câmara, enquanto o PL Antifacção deve ser votado na semana que vem.
“Nós queremos fazer um esforço, porque eu acho que até o final do ano esses instrumentos legislativos têm que estar definidos”, afirmou a chefe da articulação política do governo Lula.







