O lucro líquido da Bunge, uma das maiores companhias de agronegócio do mundo, ficou em US$ 201 milhões no primeiro trimestre fiscal de 2025 (encerrado em 31 de março), uma queda de 17,6% em comparação aos US$ 244 milhões registrados um ano antes.
O lucro antes de impostos e taxas (Ebit) registrado no período foi de US$ 328 milhões, ante US$ 433 milhões um ano antes.
As vendas do trimestre totalizaram US$ 11,64 bilhões, uma queda de 13,6% em relação a US$ 13,42 bilhões registrados um ano antes.
O presidente-executivo Greg Heckman afirmou em comunicado que a empresa “se beneficiou no primeiro trimestre das mudanças no cronograma de tarifas relacionadas à demanda e à atividade dos agricultores e continua confiante em sua capacidade de continuar a operar, apesar do atual ambiente de mercado”.
O executivo lembrou que a companhia anunciou acordos para vender os negócios de margarina na Europa e de moagem de milho nos EUA, para alinhar os ativos com as cadeias de valor globais mais rentáveis. E afirmou que a Bunge está em fase final da aprovação regulatória para fusão com a Viterra . “Estamos preparados para concluir rapidamente assim que recebermos a aprovação.”
No setor de agronegócio, que representa mais de 80% da receita total da empresa, a Bunge registrou um lucro antes de impostos e juros (Ebit) ajustado de US$ 270 milhoes no primeiro trimestre de 2025, uma queda de 3% em relação ao ano anterior.
O setor de processamento registrou um Ebit ajustado de US$ 207 milhões, menos da metade dos US$ 411 milhões registrados um ano antes. A divisão de comercialização ficou com Ebit de US$ 61 milhões, ante US$ 76 milhões um ano antes.
A divisão de óleos refinados e especiais também apresentou um recuo, com Ebit ajustado de US$ 116 milhões no primeiro trimestre de 2025, na comparação com US$ 226 milhões no mesmo período do ano anterior.
Já no segmento de açúcar e bioenergia, o Ebit ajustado caiu para US$ 15 milhões, em comparação com US$ 28 milhões em 2024.
Para 2025, a Bunge manteve a projeção de lucro por ação ajustado em US$ 7,75, abaixo dos US$ 9,19 registrados em 2024.
Ontem, a ADM, rival da Bunge, divulgou um lucro trimestral de US$ 295 milhões, com queda anual de 59,5%.