O lucro líquido do segundo trimestre da Shell caiu quase um terço nesta quinta-feira (31), arrastado por uma queda nos preços do petróleo, resultados comerciais de gás mais baixos e perdas relacionadas à interrupção de suas operações químicas, mas ainda assim superou as previsões de analistas.
A gigante de petróleo também disse que manteria o ritmo de seu programa de recompra de ações em US$3,5 bilhões nos próximos três meses, marcando o 15º trimestre consecutivo de pelo menos US$3 bilhões.
“Sem dúvida, vimos que a situação macroeconômica continua desafiadora (…) em um cenário de incerteza geopolítica e econômica”, disse a diretora financeira da Shell, Sinead Gorman, a jornalistas.
“Vimos esse impacto nos fluxos de comércio físico, bem como nos preços e margens das commodities. Apesar disso, apresentamos um conjunto robusto de resultados”, disse ela.
A Shell disse que alcançou US$3,9 bilhões em cortes de custos em comparação com 2022, parte de um programa que visa economizar entre US$5 bilhões e US$7 bilhões até o final de 2028.
A empresa registrou um fluxo de caixa das operações de US$11,9 bilhões no trimestre, abaixo dos US$13,5 bilhões de um ano atrás.
As recompras, juntamente com US$2,1 bilhões em dividendos, elevaram as distribuições aos acionistas nos últimos quatro trimestres para 46% do fluxo de caixa operacional, dentro da faixa projetada de 40% a 50%.
Os ganhos ajustados da Shell, sua definição de lucro líquido, atingiram US$4,26 bilhões no trimestre, superando a média de US$3,74 bilhões em uma pesquisa com analistas fornecida pela empresa, mas 32% abaixo do valor de um ano atrás.