O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) cogita renunciar ao cargo apenas em 2026, segundo o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, a fim de conseguir asilo político nos Estados Unidos. Ramagem está nos EUA como foragido da Justiça brasileira, já que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 16 anos e 1 mês por tentativa de golpe de Estado.
“Ele falou que até pode pensar numa futura renúncia no próximo ano, porque está tramitando o pedido de asilo político nos Estados Unidos, e neste momento isso é importante para ele, a manutenção do mandato. Então, ele não considera renunciar neste ano, mas no ano que vem, sim”, revelou Sóstenes.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou, na semana passada, que colocará em pauta do plenário a cassação de Ramagem. Se isso se consolidar, Sóstenes garante que “derrotará” o chefe da Casa Baixa no voto e não cassará o deputado bolsonarista.
O partido insistirá, em reunião de líderes com Motta nesta segunda (15), para que o processo passe pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e, assim, ganhar mais tempo para Ramagem conseguir conquistar o asilo norte-americano.
“Até porque o processo não foi feito no trâmite normal, não foi à CCJ. O que me causou estranheza foi o presidente Hugo querer acelerar o processo, trazendo direto a plenário, o que não é correto como parlamentar. E o meu apelo ao presidente Hugo Motta foi, respeite o mandato do Ramagem, igual você respeitou todos os demais. E mande ainda para a CCJ”, disse Sóstenes.
No entanto, a decisão de Motta pode continuar com o clima não digerido com o Supremo. O STF anulou a decisão da Câmara de não declarar a perda do mandato de Zambelli. A deputada federal foi condenada a 15 anos e 3 meses por invadir o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o hacker Walter Delgatti.
O caso envolveu a inserção de documentos falsos, como um mandado de prisão fabricado contra o ministro Alexandre de Moraes.
A outra condenação da parlamentar é por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal, no episódio em que perseguiu um apoiador do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com uma arma em punho, na véspera do segundo turno das eleições de 2022.






