Mais de 300 pessoas devem ser beneficiadas na próxima edição do Projeto ITPAC Porto Solidário Itinerante, que será realizada neste sábado, 10 de maio, na Aldeia Indígena Funil Sakrêpra, localizada entre os municípios de Lajeado e Tocantínia. A iniciativa é promovida pelo ITPAC Porto Nacional e deve reunir cerca de 110 voluntários, entre estudantes, professores, profissionais da saúde e lideranças da própria comunidade, em uma grande ação de responsabilidade social voltada a comunidades em situação de vulnerabilidade.
A ação contará com atendimentos médicos nas áreas de clínica geral, pediatria, cardiologia e pequenas cirurgias; serviços odontológicos como limpeza, extrações, restaurações e tratamento de canal; e atendimentos de enfermagem com aferição de pressão, testes de glicemia e consultas. Além disso, estudantes do curso de Agronomia vão implantar uma horta para a escola da comunidade, e outras atividades estão previstas, como doações de roupas, brinquedos e livros, pintura facial para as crianças e palestras educativas.
A expectativa é mobilizar cerca de 80 acadêmicos, 20 profissionais da faculdade e 10 voluntários da comunidade. O grupo sairá da sede do ITPAC Porto às 5h30 da manhã para iniciar os trabalhos por volta das 8h30, com previsão de encerramento às 17h.
Idealizadora do projeto, a professora Dra. Nelzir Martins Costa destaca a importância da ação tanto para os moradores atendidos quanto para os estudantes envolvidos. “Nosso objetivo é proporcionar aos acadêmicos uma vivência prática que vai além da sala de aula, permitindo que eles conheçam de perto realidades diferentes e compreendam a importância de exercer a profissão com empatia e responsabilidade social”, afirma.
Criado em 2022, o ITPAC Porto Solidário Itinerante já realizou ações em comunidades quilombolas, aldeias indígenas e municípios do interior do Tocantins. Entre os locais atendidos nas edições anteriores estão a Comunidade Quilombola Malhadinha (Brejinho de Nazaré), a Aldeia Boto Velho (Ilha do Bananal), o município de Pindorama e a Aldeia Salto Kripré (Tocantínia). A cada edição, a organização analisa novos locais com base em critérios de vulnerabilidade social e solicitações de lideranças comunitárias.
“As comunidades indígenas e tradicionais têm acesso muito limitado a serviços de saúde e outros atendimentos básicos. Por isso, ações como essa têm um impacto real e duradouro na vida das pessoas. Além disso, elas nos acolhem com muito carinho e sempre preparam momentos especiais de interação e apresentações culturais”, relata Nelzir.
O projeto conta com o apoio da Superintendência Regional de Educação (SER), do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) – Campus Porto Nacional e da Secretaria Estadual de Saúde Indígena (SESAI), entre outros parceiros. As instituições colaboram com a logística de transporte, cessão de equipamentos e envolvimento de profissionais das áreas atendidas.
Ao fim de cada edição, a equipe organizadora produz um relatório com os resultados alcançados e um vídeo que resume as atividades realizadas. Para o futuro, há planos de firmar parcerias com órgãos como a FUNAI para garantir um acompanhamento mais contínuo às comunidades atendidas.