A maternidade, a infância e o cotidiano em sua forma mais pura estão no centro de Luíza, Benjoca, Sansa e Lupe – O Filme da Nossa Vida, novo longa de Eduardo Chauvet que estreia nos cinemas na próxima quinta-feira (9/10). O projeto nasceu de uma proposta ousada: registrar, sem roteiro nem encenação, o dia a dia real de uma mãe e seus três filhos.
A protagonista é a influenciadora Luíza Ribeiro, do perfil @potencialgestante, conhecida por abordar maternidade e parto humanizado nas redes sociais. No filme, ela aparece ao lado dos filhos Benjamin Diener, Constança Ribeiro e Guadalupe Ribeiro, em cenas que atravessam mais de uma década — desde o nascimento do primogênito, Benjoca, hoje com 13 anos.
Gravado de forma natural, o longa mistura elementos de documentário e ficção, mas sem entrevistas ou narração. Tudo acontece diante da câmera, no ritmo da vida real. “Foi tudo muito espontâneo”, explica Chauvet. “Desde o início, eu pedi: ‘Nós não estamos aqui. Façam o que vocês fariam normalmente. Acordar, ir pra escola, almoçar, sair para um passeio, voltar’.”
O resultado é um retrato íntimo, quase caseiro, que convida o público a entrar na rotina dessa família como quem visita a casa de um amigo próximo. O trailer antecipa o tom afetivo da produção, com cenas do parto domiciliar de uma das crianças e momentos que revelam o vínculo profundo entre mãe e filhos.
“Eu acho que nem eles nem eu temos ideia da dimensão do registro incrível que esse filme tá sendo pra gente”, conta Luíza. “Quando eles tiverem filhos e até mesmo os netos, vão ter um registro muito precioso. Uma arte. A gente ganhou uma arte.”
A maternidade é um tema recorrente na obra de Chauvet. Em Todos Nascemos (2024), produzido a pedido da primeira-dama de El Salvador, Gabriela de Bukele, o diretor acompanhou os efeitos da Lei Nacer con Cariño, voltada à saúde perinatal. Foi seu primeiro trabalho sem entrevistas — formato que agora se consolida em Luíza, Benjoca, Sansa e Lupe – O Filme da Nossa Vida.
