Um dos homens presos pela morte de Bruna Zucco Segantin, jovem de 21 anos eleita Miss Altônia (PR) em 2018, tatuou na mão o rosto em chamas de uma mulher — imagem que, segundo a Polícia Civil do Paraná (PCPR), faz alusão à vítima, encontrada carbonizada ao lado de Valdir de Brito Feitosa, de 30 anos, em uma estrada rural no município de Altônia, no noroeste do estado.
A prisão ocorreu neste último sábado (7), em Palmas, na região sul do Paraná, sete anos após o duplo homicídio. Além dele, outros três homens, com idades entre 26 e 44 anos, foram detidos preventivamente por homicídio qualificado e destruição de cadáver. Um quinto investigado, apontado como intermediador, está foragido.
De acordo com o delegado Reginaldo Caetano, o crime foi motivado por disputas entre grupos criminosos envolvidos com tráfico de drogas e contrabando de cigarros. Valdir, alvo da emboscada, era ligado ao contrabando. Bruna foi morta por estar com ele no momento da execução. A investigação indica que ela não tinha qualquer envolvimento com atividades ilícitas.
O suspeito de fazer a tatuagem era morador de Santa Catarina e foi contratado como pistoleiro pelo suposto mandante, de 39 anos, preso em Balneário Camboriú (SC). A contratação foi intermediada por um homem de Pato Branco (PR), cidade de onde também veio um segundo executor. A PCPR informou que, no momento do crime, pelo menos três pessoas participaram diretamente da execução.
Segundo a polícia, o mandante estava escondido em um apartamento com porta blindada e foi necessário o uso de explosivos para que os agentes pudessem cumprir o mandado de prisão.
Os assassinatos aconteceram em 22 de março de 2018. Na manhã do mesmo dia, os corpos carbonizados de Bruna e Valdir foram encontrados na caçamba de uma picape. Um laudo de exumação feito em 2019 confirmou que ambos haviam sido mortos a tiros de calibre 38 antes de serem incendiados.
Todos os presos foram encaminhados ao sistema penitenciário. A polícia segue em diligências para localizar o investigado foragido.