Um homem suspeito de vender a própria moto e depois registrar boletim de ocorrência afirmando que o veículo havia sido furtado vai responder comunicação falsa de crime. O caso aconteceu em Paraíso do Tocantins e a Polícia Civil indiciou o ex-proprietário. Um homem de 31 anos, amigo do suspeito, também teria participado da fraude e foi indiciado. Os nomes deles não foram divulgados.
De acordo com o inquérito sobre o caso, a situação começou em 2023, quando o dono, que tem 21 anos, vendeu a moto a um conhecido, mas não fez a transferência do documento para o nome do comprador.
O comprador, por sua vez, acabou revendendo a moto para uma terceira pessoa, sendo que o documento ainda estava no nome do antigo dono.
O homem de 21 anos começou a receber multas de trânsito relativas à moto, já que nos dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) ainda constava seu nome como proprietário.
Para a polícia, de forma desesperada, ele tentou localizar o veículo registrando um boletim de ocorrência por furto, informando que a moto teria sido levada da frente da casa onde mora. Mas como isso não era verdade, já que o bem não foi furtado, a polícia considerou a situação como crime de comunicação falsa de crime.
O delegado José Lucas Melo, responsável pelo caso, disse ainda que depois do registro do primeiro boletim e comprovação de que não houve furto, o homem indiciado voltou à delegacia da cidade e teria mentido novamente, informando que recuperou a moto depois de descobrir que uma pessoa de Guaraí havia comprado o bem.
O caso seguiu sendo investigado e foi descoberto que na realidade, o antigo dono da moto propôs uma troca ao novo comprador, em que daria outra motocicleta e a quantia de R$ 2 mil pelo veículo. Mas no local onde seria feito o acordo, no Distrito de Goiani dos Campos, zona rural de Colméia, o suspeito pediu para dar uma volta na moto e fugiu.
Por causa do crime cometido, o ex-dono da moto vai responder pela comunicação falsa de crime e furto qualificado. O amigo dele, de 31 anos, teria dado a ideia para o registro do boletim de ocorrência e vai responder somente pelo primeiro crime. O veículo foi apreendido e está à disposição da autoridade policial.
“Esse caso é um típico exemplo de que todo e qualquer cidadão deve pautar sua conduta pela legalidade, pois na ânsia de recuperar um bem que não era mais seu, o indivíduo acabou sendo indiciado por mais dois crimes graves, simplesmente por achar que poderia retomar a motocicleta de volta”, disse o delegado sobre o crime.
Comentários sobre este post