O Março Lilás é o mês de conscientização da população sobre a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento do câncer de colo de útero. O Hospital Geral de Palmas (HGP) dispõe de um ambulatório de Patologia do Trato Genital Inferior (PTGI) que tem um papel fundamental no diagnóstico, tratamento e seguimento de doenças que acometem a vulva, vagina e colo do útero. O serviço proporciona a detecção precoce de lesões precursoras do câncer ginecológico e para o manejo de infecções e condições inflamatórias crônicas. O local funciona há cerca de 10 anos e realiza mais de 150 atendimentos por mês.
O serviço vem fazendo a diferença a diversas mulheres do Sistema Único de Saúde (SUS) com alteração no exame de Papanicolau. “Pacientes com alterações são encaminhadas ao ambulatório para realização de colposcopia e dependendo dos achados, realização de biópsia ou retirada da lesão. O papilomavírus humano, conhecido como HPV, é um vírus transmitido principalmente pelo contato pele a pele e sexual, incluindo sexo vaginal, anal e oral. Os tipos mais associados ao câncer são o HPV 16 e 18, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero. Alguns tipos do vírus podem causar doenças, como: verrugas genitais, lesões pré-cancerígenas e cânceres”, explicou a coordenadora da equipe de ginecologia/obstetrícia do HGP, Alessandra Bianchini Daud.
“Não há um tratamento específico para eliminar o vírus, mas é possível tratar as lesões causadas pelo HPV como verrugas genitais, que podem ser removidas por ácidos, laser, eletrocauterização ou crioterapia. Lesões pré-cancerígenas podem ser tratadas com exérese de zona de transformação ou conização. O tratamento depende do estágio da doença e pode envolver cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia”, acrescentou a especialista.
O HPV de alto risco oncogênico pode causar cânceres como: câncer de colo do útero; câncer de vulva e vagina; câncer de ânus; câncer de pênis e câncer de orofaringe (garganta, boca e língua).
Dicas de Prevenção
-Vacinação contra o HPV, protege contra os principais tipos oncogênicos e está disponível para meninas e meninos (idealmente entre 9 e 14 anos, mas pode ser aplicada até os 45 anos em algumas situações).
– Uso de preservativo, que reduz o risco, mas não elimina completamente a transmissão, pois o contato pele a pele pode ocorrer em áreas não cobertas pelo preservativo.
– Rastreamento com Papanicolau e exames ginecológicos regulares, que Identifica lesões precursoras do câncer de colo do útero, permitindo tratamento precoce.