Em meio ao surto de gripe aviária nos EUA, a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) disse, em comunicado, que o avanço da doença exige “atenção global urgente, pois transcende suas origens aviárias para afetar mamíferos domésticos e selvagens com frequência crescente”.
A organização mencionou que os casos de gripe aviária em rebanhos leiteiros dos Estados Unidos geram preocupações na comunidade internacional. Nesta semana, as autoridades americanas notificaram a primeira morte de humano causada pela doença.
A OMSA acrescenta que, embora o vírus afete principalmente aves domésticas e selvagens, ele está sendo cada vez mais relatado em mamíferos terrestres e aquáticos. O organismo ressalta que em novembro de 2024, mais de 30 espécies de mamíferos foram infectadas pela gripe aviária e acrescentou que esse número vai crescer.
“Dados coletados pelo Sistema Mundial de Informação sobre Saúde Animal (WAHIS) sugerem que a incidência de infecções no Hemisfério Norte aumenta em outubro e atinge o pico em fevereiro. Esses casos destacam ainda mais a capacidade do vírus de cruzar barreiras entre espécies e representar uma ameaça à vida selvagem, aos animais domésticos e à saúde pública”, destacou a OMSA.
Transmissão da doença
De acordo com a organização, estudos identificaram o leite cru de vacas infectadas como um material de alto risco para infecção. Há evidências de transmissão horizontal do vírus de vacas lactantes infectadas para outros animais, incluindo vacas, gatos e aves. Portanto, apenas o leite produzido por vacas não infectadas e que foi pasteurizado ou seguiu um processo de inativação de vírus semelhante deve ser comercializado.
Apesar da primeira morte de uma pessoa registrada pela gripe aviária, a OMSA ressaltou que o risco de transmissão entre humanos é atualmente considerado baixo. É considerado baixo a moderado para aqueles expostos a aves infectadas, animais ou ambiente contaminado.