Ajustes técnicos pautaram o fechamento dos grãos negociados na bolsa de Chicago. Nesta segunda-feira (14/7), os contratos da soja para agosto registraram baixa de 0,32% (325 pontos), cotados a US$ 10,01 o bushel.
Em relação ao milho, os papéis com entrega para setembro avançaram 1,01% (400 pontos), cotados a US$ 4 o bushel.
Na avaliação de Ronaldo Fernandes, analista da Royal Rural, os fechamentos de hoje na bolsa são reflexo de movimentações de fundos de investimento. Os agentes viram na queda de 6% do milho na semana passada uma razão para se reposicionarem no início desta semana.
No caso da soja, Fernandes também vê algum resquício dos últimos dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na última semana, o órgão indicou que haverá aumento na oferta de farelo de soja nos EUA.
Como pano de fundo no mercado internacional de grãos está a disputa tarifária promovida pelo presidente americano Donald Trump.
“À medida que teremos possíveis acordos firmados, os preços [em Chicago] podem experimentar picos de alta, mas não será uma tendência, pois qualquer assunto relacionado à guerra tarifária será precificado no dia, pois logo o mercado volta a olhar para o quadro de oferta e demanda”, avalia Fernandes.
Por fim, nas negociações do trigo em Chicago, os contratos para setembro caíram 0,64% (350 pontos), a US$ 5,4150 o bushel.
O mercado trabalha com a expectativa da divulgação dos números da safra americana. Apesar das inundações registradas em algumas áreas do país, as principais regiões agrícolas não foram afetadas pelo clima adverso.