O Ministério da Fazenda revisou as projeções para o crescimento da economia para 2,5%. A estimativa anterior era de que o PIB (Produto Interno Bruto) subisse 2,4%.
Para o ano que vem, a expectativa é de que o PIB cresça 2,4%. Os dados estão no Boletim Macrofiscal, divulgado nesta sexta-feira (11) pela SPE (Secretaria de Política Econômica).
De acordo com o documento, a revisão está relacionada principalmente à resiliência do mercado de trabalho no segundo trimestre, apesar da política monetária restritiva. O cenário melhorou a expectativa de desempenho para o consumo das famílias nos próximos meses.
Já em relação à inflação, a Secretaria de Política Econômica revisou para baixo a projeção de 2025. Caiu de 5% para 4,9%. Caso a estimativa se confirme, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) fechará o ano acima da meta, que é de 3% com intervalo de tolerância de até 4,5%.
“A mudança reflete a inflação abaixo da esperada nos meses de maio e junho, além de revisões no cenário à frente devido principalmente à menor cotação projetada para o real frente ao dólar”, diz o boletim da SPE.
Para 2026, a projeção de IPCA se manteve em 3,6%, dentro do intervalo da meta de inflação. De 2027 em diante, espera-se convergência da inflação ao centro da meta.
As projeções divulgadas nesta sexta-feira (11) ainda não consideram os impactos potenciais da elevação na tarifa de importação dos EUA para o Brasil de 10% para 50%.
“A carta que comunicou a elevação da tarifa justifica a decisão por razões apenas políticas, gerando grande insegurança. O impacto da medida deve ser concentrado em alguns setores específicos, influenciando pouco a estimativa de crescimento em 2025”, diz o boletim.
Prisma Fiscal
No Prisma Fiscal de julho, a projeção mediana para o déficit primário de 2025 atingiu menor patamar desde outubro de 2023, ficando acima do limite inferior da meta de resultado primário após exclusão dos precatórios.
Em julho, o déficit primário mediano projetado para 2025 foi de R$ 72,1 bilhões, similar ao esperado em maio, mas inferior ao projetado em janeiro (R$ 84,3 bilhões).
A mediana das expectativas de julho para a dívida bruta em 2025 ficou em 80,0% do PIB, ante 80,3% em maio.