O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), realizou nessa sexta-feira, 22, a abertura oficial da 3ª edição dos Jogos Escolares Indígenas do Tocantins (Jeits), na Praia da Graciosa, em Palmas. Os jogos reúnem cerca de 360 estudantes-atletas indígenas de 12 a 17 anos, das unidades escolares das seis superintendências regionais de educação que possuem comunidades indígenas. As competições seguem até domingo, 24.
São oito povos que participam do evento que tem como objetivo fortalecer a identidade cultural indígena, o intercâmbio e a socialização entre os povos originários do Tocantins, bem como incentivar as manifestações esportivas comuns entre as sociedades indígenas. Os povos indígenas presentes são Apinajé, Javaé, Karajá, Karajá-Xabioá, Krahô, Krahô-Kanela, Xerente e Avá-Canoeiro, que representaram suas escolas e suas comunidades.
Dentre as modalidades destacam-se arremesso de lança, natação, corrida de resistência (3.000/2.000m), arco e flecha, corrida 100m rasos e corrida de varinha (revezamento 4x100m), luta corporal, cabo de guerra e corrida com tora e futebol society.
Durante a cerimônia de abertura, os povos indígenas puderam demonstrar um pouco de suas culturas e demonstrarem algumas modalidades esportivas disputadas no Jeits. Além disso, houve o desfile das delegações e o acendimento da pira dos jogos.
O secretário executivo Edinho Fernandes cumprimentou as comunidades indígenas com a língua de cada povo, destacou a abrangência do esporte escolar. “Nosso projeto é internacional. Nossos estudantes usam camisa da seleção brasileira em várias modalidades. Tenho que parabenizar a todos pela organização desse evento”, declarou o evento aberto.
As expectativas dos participantes são as melhores possíveis. Inclusive, além dos estudantes-atletas e professores, houve a presença da comunidade Xerente. O diretor do Centro de Ensino Médio Xerente (Cemix), Armando Sõprê Xerente, de Tocantínia, trouxe estudantes para prestigiarem o evento. Armando fala da importância de todos participarem. “Estamos buscando mais conhecimentos, principalmente, esses estudantes que no futuro estarão na universidade. Conhecer outras pessoas e observar cada cultura enriquece a nossa culturalidade. Isso faz parte da educação”, pontuou o diretor Armando.
A professora Selma Karajá, da Escola Indígena Manoel Achurê, de Santa Fé do Araguaia, da Superintendência Regional de Educação de Araguaína, comentou o motivo de trazer os estudantes. “Trazemos os povos não só para competir, mas para trocar experiências, temos o objetivo de levar prêmios, mas também temos o intuito de aprender com os jogos”, ponderou a professora.
O Carlos Henrique Hajakri, da Escola Indígena Mentuwajê, vai competir na modalidade arco e flecha. Ele está otimista. “Espero levar a vitória, estou confiante na competição, porque treinei e espero bom resultado”, ponderou o estudante.
O diretor de Educação dos Povos Originários da Seduc, Amaré Gonçalves Brito, destacou a grandeza do evento. “Este é um dos maiores eventos realizados com os povos indígenas, que além de esportivo é cultural. Estamos socializando cada momento, e esperamos trazer muito aprendizado”, pontuou
O gerente de Educação Indígena, Railton Moreira Txebuaré Karajá, da Seduc, falou sobre o momento. “Vamos confraternizar, que é de união com cada povo, com seus costumes e identidades. É uma troca de experiência que nos enriquece, tanto os povos indígenas como a sociedade em geral”, finalizou.
Próximos jogos
23/08 – Praia da Graciosa
7h30 – Arco e Flecha, Corrida 100m Rasos e Corrida de Varinha (Revezamento 4x100m)
23/08 – Praia da Graciosa
07h30 – 18h – Luta Corporal
18h – Cabo de Guerra e Corrida com Tora
23/08 e 24/08 – Escola Estadual Professora Elizângela Glória Cardoso
8h – 18h – Futebol Society