Na manhã desta quarta-feira, 18, o Escritório Social de Palmas deu início à aula inaugural do curso Corte, Costura e Customização que integra a oficina Malha Social, uma parceria com o Tribunal de Justiça (TJ), e a Receita Federal.
O curso é voltado a pré-egressos e egressos do Sistema Penal e seus familiares, bem como pessoas em situação de vulnerabilidade social. Durante as aulas, os cursistas vão trabalhar peças de vestuário apreendidas pela Receita Federal, parceira do Projeto.
Presente na aula inaugural, o secretário da Cidadania e Justiça (Seciju), Deusiano Amorim, da qual a Pasta é gestora do equipamento junto com o TJ, enalteceu as parcerias com os órgãos de justiça e destacou o compromisso e as ações voltadas a esse público.
“Agradecemos imensamente ao delegado da Receita Federal, Ricardo Wagner pelo grande trabalho e pela parceria nesse Projeto de grande relevância para todos nós. Outros grandes parceiros, o juiz Allan Martins e a Defensoria Pública, o CNJ, que juntos temos trabalhado em prol dos pré-egressos e egressos do Sistema Penal tocantinense. Além do Escritório Social de Palmas, a Seciju tem buscado a qualificação profissional tanto dos que ainda estão privados de liberdade, quanto dos egressos para a reinserção no mercado de trabalho após o cumprimento das penas”, complementou.
O delegado da Receita Federal, Ricardo Wagner, falou que o Projeto não vai transformar apenas roupas, mas transformar vidas e sonhos em esperança. “Este momento é um capítulo novo na vida de vocês que aguardam cheios de oportunidades e possibilidades. O projeto Malha Social é um marco definitivamente de cidadania, transformação social, fruto da união e da parceria entre a Receita Federal, governo do Estado do Tocantins, o Poder Judiciário e o Escritório Social, com um propósito único que é oferecer uma nova chance e novas perspectivas a todos que buscam reescrever a sua história”, enalteceu.
Turmas
Serão 40 dias de curso, totalizando 160 horas, dividido em 15 vagas para cada turma. Os cursistas vão trabalhar na descaracterização de peças com customização, costura e sublimação e com o resultado da oficina, vão dar uma destinação social às peças ou a comercialização em datas comemorativas e durante campanhas.
Durante o evento, o coordenador do Escritório Social, Leandro Bezerra, fez a apresentação do plano de estudo, execução do Projeto Malha Social, as parcerias firmadas, os recursos utilizados, além da destinação dos produtos finais confeccionados durante as aulas.
Já a coordenadora adjunta do eixo 3 do Programa Fazendo Justiça do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Francine de Paula, destacou o trabalho desempenhado pelos órgãos. “Este equipamento é uma referência nacional em projetos voltados a pré-egressos e egressos e é essencial o apoio e o compartilhamento entre diversos órgãos e instituições na continuidade das ações para trabalhar políticas públicas com foco na cidadania da pessoa privada de liberdade, um dos eixos trabalhados pelo CNJ”, enfatizou.
Há uma semana fora da prisão, o egresso de 29 anos falou como escolheu o curso. “Eu estava em casa sem fazer nada, então vim aqui no Escritório Social através de indicação de rapazes que passam por aqui, falam que é super legal, como o pessoal ajudou, apoiou. Eu já vi o interesse de ser ajudado e apoiado. Também tenho uma irmã que tinha uma máquina em casa, então eu a vi cortando, costurando, e já me ensinou um pouco e através desse curso, vou ficar cem por cento”, falou.
Presenças
O evento contou também com a presença do secretário executivo da Seciju, Hélio Marques; gerente de Reintegração Social, Trabalho e Renda ao Preso e Egresso, Dilson Noleto; o gerente de Políticas de Alternativas Penais, Thiago Sabino; o coordenador da Central de Penas e Medidas Alternativas, Marciano Almeida; o diretor de Administração de Operações do Sistema Penitenciário e Prisional, Cleber Solano; a superintendente de Administração do Sistema de Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Zeroíldes Miranda; juiz titular da 4ª Vara de Execução Penal, Allan Martins; a presidente do Conselho da Comunidade, Maykilene Nunes; representando o coordenador do GMF, juiz Jordan Jardim, Poliano Mendes; a defensora pública, Napociani Póvoa; juiz auxiliar da presidência do CNJ, Jônatas Andrade; secretário-executivo da Seciju, Hélio Marques; os assistentes técnicos do Programa Fazendo Justiça, Mariana Nicolau; equipe do GMF; assistente técnico do Programa Fazendo Justiça, Onair Zorzal; pastor da Universal nos presídios (UnP), Fabrício Jacomini.