Por:Cleide Veloso/Governo do Tocantins
O governo do Tocantins e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se reuniram nesta terça-feira, 15, para análise do detalhamento do Projeto SustenTO – Promovendo a bioeconomia e a redução do desmatamento e incêndios florestais no território tocantinense, definição de demandas prioritárias e elaboração da relatoria que vai subsidiar a aprovação de recursos.
A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) e o Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) apreciaram os avanços da estrutura robusta do Centro de Inteligência Geográfica em Gestão do Meio Ambiente (CIGMA) e a proposta para desenvolvimento de módulos futuros que demandam a continuidade do processo de interconexão de sistemas e fontes de dados.
Na oportunidade, também foram apresentadas a abrangência, funcionalidade, benefícios socioambientais, demandas de melhoria e de interconexão do Sistema Informatizado de Gestão de Unidades de Conservação (GESTO) e do Sistema Gestor das Ações do Ruraltins (RURATER). No período da tarde, os participantes desta reunião realizaram uma visita técnica às instalações do BPMA, para visualizar a estrutura e demandas.
“Nessa reunião, o governo do Tocantins e o BNDES teve a oportunidade de analisar juntos pontos importantes do projeto SustenTO. Com a apresentação do CIGMA, do sistema GESTO e RURATER, mostramos a relevância desse conjunto de instrumentos geradores de dados e informações; e com a visita técnica ao BPMA visualizamos a importância de sua estrutura, para o projeto SustenTO. Durante o encontro foram anotadas as informações complementares que devem ser encaminhadas à relatoria e que vai contribuir com a aprovação e acesso aos recursos”, destacou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marcello Lelis.
O gerente de projeto do BNDES, André Ferro, ressaltou que “essa foi uma visita técnica, com o objetivo de avançar no detalhamento do projeto, a cada fase muitos caminhos são percorridos até a aprovação. Apesar de conhecermos dados do projeto SustenTO, estamos aqui para entender melhor, reunir aspectos relevantes e preparar a relatoria que será encaminhada à apreciação das instâncias decisórias”, enfatizou.
A superintendente de Gestão e Políticas Públicas Ambientais da Semarh, Marli Santos, pontuou distinguiu que “as etapas de investimentos já realizados com recursos anteriores do BNDES, deu início a sistemas de processamento e gestão de dados. Já com os recursos de pré-investimento do carbono, iniciamos a estruturação e interconexão de fontes de dados, o que além da precisão e celeridade de acesso às informações, nos dá condições de respostas mais efetivas, com visão panorâmica e estratégica da situação”, resumiu.
A diretora de Inteligência Ambiental, Clima e Floresta, Cristiane Peres, recordou que “antes de iniciar o desenvolvimento tecnológico, os processos eram manuais, o que dificultava a tomada de decisões, a precisão no planejamento de ações e a economia de recursos”, lembrou.
Apresentações
O gerente de Biodiversidade e Áreas Protegidas da Semarh, Cláudio Carneiro, apresentou o Sistema Informatizado de Gestão de Unidades de Conservação (GESTO), suas funcionalidades e demandas de melhorias.
Em seguida o coordenador do Centro de Inteligência Geográfica em Gestão do Meio Ambiente (CIGMA), Marcos Giongo, apresentou os módulos já em operação e de desenvolvimentos futuros do complexo tecnológico, produtor de dados e fatos de ações de inteligência ambiental.
Na sequência, o vice-presidente do Ruraltins, Rafael Odebrech Massaro, apresentou o Sistema Gestor das Ações do Ruraltins (RURATER) destacando as funções, o papel socioambiental, as limitações tecnológicas, demandas de melhorias e interconexão com outros sistemas e fontes de dados.
Participantes
Esta reunião, contou com a presença e participação ativa do presidente do Naturatins, Cledson Lima e do gerente de Monitoramento e Gestão de Informação Ambiental, Renato Pires; da representante do BNDES, Adriana Nazaré; do comandante do BPMA, Cel Magela e da Tenente Coronel Helayne; e do extensionista rural do Ruraltins, Alessandro Neves.
Projeto SustenTO
O Projeto SustenTO – Promovendo a bioeconomia e a redução do desmatamento e incêndios florestais no território tocantinense é uma iniciativa do Governo do Tocantins, que tem o objetivo de promover a sustentabilidade e a prevenção do desmatamento na região. Sua proposta está alinhado com o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal e visa desenvolver práticas agrícolas sustentáveis, além de fortalecer as cadeias de valor na região.
Esse projeto visa contribui para a geração de empregos locais, com capacidade de produzir os serviços ambientais necessários para dar sustento e dinamizar as atividades econômicas, por meio da implementação de práticas de bioeconomia e desenvolvimento rural de baixas emissões; e será implementado nos 139 municípios do Estado do Tocantins, 31 deles localizados no bioma Amazônia e 108 no bioma Cerrado.
CIGMA
É um complexo tecnológico, produtor de dados e fatos de ações de inteligência ambiental, um centro de referência para gestores do Estado e auxílio técnicos do monitoramento e da fiscalização de empreendimentos potencialmente degradadores em propriedades rurais e urbanas. O CIGMA que se configura como um instrumento fundamental da gestão pública do Governo do Tocantins no tocante à redução de queimadas e de desmatamento, além de concentrar informações pró-clima, dos recursos hídricos, educação ambiental e resíduos sólidos, para subsídio nas tomadas de decisões estratégicas.
GESTO
É o Sistema que permite o cadastro e gestão das Unidades de Conservação (UCs), incluindo documentações de suporte aos processos administrativos e de planejamento desses espaços territoriais protegidos por lei com o objetivo de preservar o meio ambiente e seus recursos.
RURATER
É o sistema de cadastro dos produtores, famílias e propriedades; gestão dos atendimentos individuais realizados pelos técnicos em campo e no escritório; gestão de eventos – atendimentos grupais (lista de presença, emissão de certificado eletrônico, entre outros); e gestão de projetos de crédito rural.