O Ministério de Minas e Energia (MME) se manifestou, nesta terça-feira (23/12), sobre o aumento do preço do gás natural. Por nota, a pasta criticou os valores cobrados aos consumidores e pediu a redução nos preços do produto.
“É inaceitável que ganhos de eficiência conquistados com a abertura do mercado sejam apropriados por aumentos excessivos nas margens do serviço local de gás, penalizando consumidores, indústrias e a competitividade dos estados”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
“O consumidor não pode pagar a conta de ineficiências regulatórias. O gás natural precisa ser um vetor de desenvolvimento econômico, geração de empregos e atração de investimentos, e não um entrave ao crescimento do país”, completou.
No comunicado, o ministério ainda informa que encaminhou ofícios à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), às Assembleias Legislativas, às agências reguladoras estaduais, às secretarias setoriais e aos governos estaduais, manifestando preocupação com os aumentos tarifários.
Segundo Silveira, o objetivo é garantir que o gás natural contribua efetivamente para o desenvolvimento econômico regional e nacional, com geração de renda, empregos e arrecadação.
Gás natural
Diferente do gás utilizado em botijões, conhecido como Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás natural, ou canalizado, serve para aquecer, produzir energia e para a cozinha. Tamném é utilizado em processos industriais, substituindo eletricidade, lenha ou óleo em alguns casos.
O valor do insumo aumentou recentemente, principalmente devido à alta do petróleo no mercado internacional, à variação cambial e também pelas políticas de preços da Petrobras.
Estima-se que o aumento de tarifas cobradas por distribuidoras de gás natural causou um impacto de cerca de R$ 600 milhões, segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP).






