A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), criticou a aliança de governadores de direita que querem pressionar pela aprovação do projeto de lei (PL) para enquadrar organizações criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), como terroristas.
Segundo a ministra, o grupo pretende “colocar o Brasil no radar do intervencionismo militar de Donald Trump na América Latina”. A declaração faz referência aos exercícios militares promovidos pelo governo dos Estados Unidos próximo à Venezuela.
“Ao invés de somar forças no combate ao crime organizado, como propõe a PEC da Segurança enviada pelo presidente Lula ao Congresso, os governadores da direita, vocalizados por Ronaldo Caiado, investem na divisão política e querem colocar o Brasil no radar do intervencionismo militar de Donald Trump na América Latina”, disse a ministra em uma publicação nas redes sociais.
Ela prosseguiu: “Não conseguem esconder seu desejo de entregar o país ao estrangeiro, do mesmo jeito que Eduardo Bolsonaro e sua família de traidores da pátria fizeram com as tarifas e a Magnitsky. Segurança pública é uma questão muito importante, que não pode ser tratada com leviandade e objetivos eleitoreiros. Combater o crime exige inteligência, planejamento e soma de esforços”.
O projeto de lei defendido pela oposição estende a aplicação da lei antiterrorismo às organizações criminosas. O governo Lula, no entanto, é contra a mudança por entender que essas facções não possuem inclinação ideológica.
“Consórcio da paz”
Nessa quinta-feira (30/10), seis chefes de governos estaduais se reuniram com o governador do Rio de Janeiro (RJ), Cláudio Castro (PL), no Palácio Guanabara, após a megaoperação contra o CV, que deixou 121 mortos, entre policiais e civis.
Durante o encontro, foi anunciada a criação de um “consórcio da paz” entre os estados. O grupo busca trocar experiências e ações para combater o crime organizado.
Participaram do encontro:
- Celina Leão (PP), vice-governadora do Distrito Federal (DF).
- Eduardo Riedel (PP), governador do Mato Grosso do Sul (MS).
- Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina (SC).
- Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais (MG).
- Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás (GO).
- Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo (SP), que participou de forma remota.


 
					



 
                
