Gestores das Unidades de Conservação (UCs) do Estado, geridas pelo Instituto Natureza do Tocantins se reuniram nesta sexta-feira, 9, para tratar do Planejamento Operacional Anual (POA) de 2024. O POA é uma ferramenta estratégica e orçamentária para a implementação das ações nas UCs ao longo do ano. As reuniões tiveram início na quinta-feira, 8, na sede do Monumento Natural das Árvores Fossilizadas (Monaf), e foram coordenadas pela Diretoria de Biodiversidade de Áreas Protegidas do órgão ambiental.
Durante os dois dias de trabalhos, que são realizados trimestralmente, os gestores das nove UCs em operação no Tocantins apresentaram as demandas de suas respectivas unidades e dialogaram sobre os desafios e ações estratégicas para o ano de 2024, visando à troca de experiências e aprimoramento da gestão das áreas de proteção.
A gerente de Unidades de Conservação do Naturatins, Perla Oliveira, destacou que essas reuniões são fundamentais para a integração e o alinhamento das ações entre as diferentes Unidades de Conservação, garantindo que todos os gestores estejam cientes das diretrizes e prioridades estabelecidas. “Esses encontros permitem que cada gestor traga suas demandas e desafios, o que enriquece o planejamento conjunto e fortalece as práticas de gestão em todas as UCs”, frisou.
Graças à rica biodiversidade do Tocantins e ao tamanho de seu território, todas as unidades possuem características particulares, com desafios e necessidades diferentes umas das outras.
O Parque Estadual do Cantão, por exemplo, é uma região frequentemente procurada por pescadores e caçadores ilegais. Portanto, é essencial que a fiscalização seja intensificada, com a colaboração da Polícia Militar Ambiental para garantir uma proteção mais efetiva.
O Monaf, por sua vez, desempenha um papel fundamental na preservação do meio ambiente e na conservação do patrimônio paleontológico. “Por meio de seu rico material abiótico, encontrado nos afloramentos, a UC nos mostra evidências de vidas passadas. Esses fósseis não só nos revelam informações sobre a vegetação predominante e o clima do antigo supercontinente Pangeia, mas também ajudam a prever as condições climáticas futuras por meio de pesquisas e análises”, explicou Hermísio Alecrim, supervisor da UC.
No Parque Estadual do Jalapão, o turismo demanda um cuidado especial. A gerente Perla Oliveira destaca que “até mesmo em áreas particulares com atrativos turísticos, é fundamental aplicar um ordenamento ambiental adequado para evitar desmatamento e outros impactos que possam prejudicar a biodiversidade local”.
Unidades de Conservação
O Tocantins possui nove unidades de conservação em operação, sendo elas o Parque Estadual do Lajeado (PEL), Parque Estadual do Jalapão (PEJ), Parque Estadual do Cantão (PEC), Áreas de Proteção Ambiental (APAs) Lago de Palmas, Serra do Lajeado, do Jalapão, Ilha do Bananal/Cantão, Nascentes de Araguaína e Monaf.