Um esquema de estelionato milionário contra jogadores de futebol de times brasileiros e uma instituição financeira é alvo da Polícia Civil e do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em uma operação nesta terça-feira (24).
A investigação das polícias Civil de Rondônia e do Paraná apurou que os suspeitos teriam falsificado documentos de identificação de jogadores de futebol e, com isso, aberto contas em instituições bancárias e solicitado a portabilidade de salário destes jogadores.
A CNN apurou que dois jogadores da elite do futebol brasileiro foram vítimas do golpe: Gabigol, do Cruzeiro, e o argentino Walter Kannemann, atualmente no Grêmio.
Segundo o MSJP, foram expedidos 33 mandados judiciais, sendo 22 de busca e apreensão domiciliar, nove de prisão preventiva e dois de prisão temporária, em Almirante Tamandaré (PR), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Lábrea (AM) e Porto Velho (RO).
“Com os documentos falsos, o grupo criminoso abria contas em instituições bancárias e solicitava a portabilidade de salário destes jogadores”, explica o delegado da PCPR Thiago Lima.
Segundo o delegado, as instituições perceberam as falsificações e fizeram as denúncias do esquema que, segundo estimativas da Polícia Civil, faturou cerca de R$ 1,2 milhões.
Duas pessoas foram presas em Curitiba, durante a operação, sendo, uma delas, o líder do esquema criminoso, e outras três foram presas em Rondônia, totalizando cinco prisões.
“O líder era responsável pela manutenção das contas e pela movimentação desses valores. Essa pessoa, além dos dois mandados de prisão, tinha já três ou quatro passagens por crime de estelionato eletrônico”, contou o delegado em coletiva à imprensa.