O filme Doutor Monstro vai relatar um dos crimes que marcou a história do país: o brutal assassinato de uma mulher cometido por Farah Jorge Farah, condenado por homicídio duplamente qualificado e ocultação e destruição de cadáver.
A obra vai acompanhar a história de Cláudia Ferreira (Taís Araújo), promotora que precisa usar todos os recursos para tentar derrubar uma tese de legítima defesa e impedir que o médico (Marat Descartes) feminicida volte às ruas impune, após assassinar brutalmente uma mulher e confessar o crime. Marco Jorge é responsável pela direção da produção.
O filme tinha previsão de lançamento para este ano, mas precisou ser adiado para 2026 por questões de agenda, segundo informou a Zencrane Filmes, produtora do longa, ao Metrópoles.
“Filmamos dois longas este ano e foi realmente muito corrido, então decidimos deixar o lançamento do Doutor Monstro para o ano que vem, para colocar a atenção só nisso. Está tudo pronto, só uma questão de agenda nossa mesmo”, disse Cláudia Da Natividade, produtora executiva da Zancrane.
Caso de Farah Jorge Farah
Farah Jorge Farah foi condenado por homicídio duplamente qualificado e ocultação e destruição de cadáver. Ele matou sua então paciente, Maria do Carmo Alves em 2003, e removeu cirurgicamente as peles faciais, das mãos e pés da vítima, desapareceu com suas vísceras e guardou os restos mortais em sacos plásticos no porta-malas de seu veículo.
Ele cumpriu a pena inicial em regime fechado, mas uma decisão de 2007 reverteu a condenação para que ele pudesse responder em liberdade. Em 2017, o relator do caso, ministro Nefi Cordeiro, atendeu a um pedido do Ministério Público (MP) de São Paulo e votou pela imediata prisão de Farah.
Quando a polícia chegou até a casa de Farah para prendê-lo, encontrou ele morto após tirar a própria vida. A polícia informou que ele vestia roupas femininas e escutava música fúnebre.







