Após um período de férias na Europa, o filho do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, decidiu não voltar aos Estados Unidos, onde mora e trabalha como diretor do banco BTG Pactual.
Bernardo Van Brussel Barroso seguiu o conselho do pai, que o alertou sobre o risco de ser barrado na entrada do país, diante das sanções que vêm sendo impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump.
A informação foi revelada pelo portal UOL e confirmada pela CNN. Fontes do tribunal afirmam que, apesar de não ter havido qualquer notificação formal sobre a suspensão dos vistos de ministros e familiares, Barroso optou pela cautela.
Orientado pelo presidente do Supremo, Bernardo voltou ao Brasil, onde está trabalhando de maneira remota. O diretor do BTG havia viajado à Europa antes de 18 de julho, quando Trump anunciou as sanções.
Barroso ponderou com o filho que, embora não se saiba de fato se o cancelamento do visto o atingiu diretamente, era melhor evitar qualquer imbróglio neste momento, diante de uma crise que não dá sinais de arrefecimento.
Conforme mostrou a CNN, a escalada da ofensiva dos Estados Unidos tem deixado o ministro desanimado, a ponto de ele cogitar deixar o Supremo após entregar a presidência ao ministro Edson Fachin, em setembro.
Enquanto o ministro Alexandre de Moraes tem minimizado o efeito das sanções no seu cotidiano, Barroso tem relação próxima com o país. É colaborador na Harvard Kennedy School e costuma viajar para lá ao menos duas vezes por ano.
Segundo auxiliares, o ministro sente que foi punido “por tabela” e que, apesar de dispensar pleno apoio a Moraes e rechaçar completamente as ameaças de Trump, não há o que ele possa fazer para reverter o cenário.