A atriz Fernanda Torres, 59, conquistou mais um prêmio por sua atuação como Eunice Paiva no longa “Ainda Estou Aqui”. Nesta quarta-feira (31), ela foi consagrada como a Melhor Atriz em Longa-Metragem no Prêmio Grande Otelo 2025.
Durante seu discurso, a atriz agradeceu, mais uma vez, a oportunidade de interpretar Eunice Paiva e a importância do filme para a memória de Rubens Paiva. “Eu quero agradecer, claro, ao Walter, meu irmão, que me deu a oportunidade de interpretar Eunice Paiva, e ela virou uma segunda natureza minha. E eu acho que os atores dependem muito disso, de você encontrar o seu personagem, alguém que você é capaz de dar vida e eu minimamente dei conta dessa grande brasileira. Uma mulher que viveu uma época parecida com a que a gente está vivendo, de medo, de insegurança e que soube ser tão grande”, disse a atriz.
O longa-metragem é uma adaptação do livro homônimo escrito por Marcelo Rubens Paiva. A história se passa na década de 1970, no período mais intenso da ditadura militar no Brasil, e acompanha a trajetória da família Paiva, composta por Rubens, Eunice e cinco filhos. A vida da família se transforma completamente quando, em um dia fatídico, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e some sem deixar rastros.
Sob direção de Walter Salles (“Central do Brasil”), a produção é estrelada por Fernanda Torres (“Tapas & Beijos”), que foi indicada ao Oscar pelo papel, e Selton Mello (“O Auto da Compadecida”).
Nomes como Valentina Herszage (“Elas por Elas”), Maeve Jinkings (“Pedágio”), Antonio Saboia (“Deserto Particular”), Olívia Torres (“Continente”), Humberto Carrão (“Aquarius”), Dan Stulbach (“Mulheres Apaixonadas”), Charles Fricks (“Terra e Paixão”), Luiz Bertazzo (“Baby”) e mais compõem o elenco.
A trajetória de sucesso do filme teve início no Festival de Veneza 2024, onde conquistou o prêmio de Melhor Roteiro. Ao longo de 2025, o filme se consagrou em inúmeros festivais de cinema e também grandes premiações internacionais, como o Globo de Ouro, o Prêmios Goya, Satellite Awards e, é claro, no Oscar 2025. O filme de Walter Salles se tornou o primeiro longa brasileiro a vencer na categoria de Melhor Filme Internacional.
