O grupo Agro Mallon conquistou o título de Campeão Nacional de Máxima Produtividade da Soja, safra 2024/25. Na fazenda Santa Bárbara, de sua propriedade, em Canoinhas (SC), a colheita chegou a 135,49 sacas por hectare em cultivo de sequeiro. Em lavouras irrigadas, o agricultor Paulo Storti venceu com 126,71 sacas por hectare na Fazenda Santana, em Itapeva (SP).
O desafio de produtividade é realizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), que revelou os resultados nesta quinta-feira, em São Paulo. Entre os consultores agrícolas, Leandro Barcelos foi o campeão na categoria sequeiro e Adriano Leite Oliveira foi o melhor do país no manejo irrigado.
Foi a 17ª edição do concurso. Além dos campeões nacionais, o Comitê reconheceu os vencedores de cada região produtora de soja do Brasil.
Categoria sequeiro
- Nordeste: Fazenda Barcelona/Grupo Gorgen – Riachão das Neves (BA): 130,71 sc/ha
- Norte: Fazenda São Gabriel/Grupo Gorgen – Mateiros (TO): 112,85 sc/ha
- Centro-oeste: Grupo Fiorese – Formosa (GO): 124,80 sc/ha
- Sudeste: Estância Célia/Hiroyuki Oi – Itapetininga (SP): 119,25 sc/ha
- Sul (e nacional): Fazenda Santa Bárbara/Agro Mallon – Canoinhas (SC): 135,49 sc/ha
O Cesb recebeu inscrições de 4,7 mil áreas de plantio, das quais 812 passaram por auditorias, em 15 estados. A metodologia inclui mapeamento geográfico, análise de solo, avaliação da colheita e práticas de responsabilidade ambiental, social e empresarial (ESG).
A média geral de produtividade, considerando todas as propriedades auditadas, foi de 95,69 sacas por hectare, superior à média nacional, de 58,9 sacas por hectare.
“A integração entre ciência, manejos de precisão, genética, qualidade de sementes e práticas agronômicas sustentáveis é o caminho para romper barreiras de produtividade com responsabilidade econômica e ambiental”, afirma, em nota, Sergio Abud, vice-presidente do Cesb.
A ‘receita’ dos campeões da soja
- Cultivar: vencedores plantaram variedades de soja com altas taxas de vigor e germinação, bom posicionamento e arranjos populacionais adequados.
- Tratos culturais: a maioria dos premiados tem rotação de culturas e utiliza insumos biológicos. A média foi de oito entradas em campo para a aplicação dos produtos fitossanitários.
- Correção e adubação: os vencedores fazem correção de solo a cada dois anos para ajuste dos níveis de pH (acidez e alcalinidade), melhorando a absorção dos nutrientes pelas plantas.
- Clima: nas regiões dos campeões de produtividade, as condições climáticas favoráveis foram fundamentais para o sucesso da safra, com uma eficiência climática de 72%.
- Tecnologias e máquinas: atenção com a regulagem do maquinário que vai a campo e a utilização de sistemas como análise de imagens e divisão de talhões em zonas de manejo.