As exportações brasileiras de carne de frango, que incluem produtos in natura e processados, totalizaram 485 mil toneladas em setembro, um aumento de 22,1% em relação ao mesmo mês de 2023, quando foram embarcadas 397,1 mil toneladas, aponta a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Este foi o segundo melhor desempenho mensal da história, atrás apenas do recorde de março de 2023, que registrou 514,6 mil toneladas.
Em termos de receita, o mês de setembro registrou US$ 953,8 milhões, o que representa uma alta de 32,6% em comparação com os US$ 719,3 milhões obtidos no mesmo período do ano passado. O recorde histórico de receita mensal foi de US$ 980,5 milhões, também em março de 2023.
No acumulado do ano, até o final do mês de setembro, as exportações de carne de frango somam 3,917 milhões de toneladas, um crescimento de 0,6% em relação ao mesmo período de 2023. No entanto, a receita total de US$ 7,273 bilhões é 4% menor do que a registrada no ano anterior, de US$ 7,578 bilhões.
Ricardo Santin, presidente da ABPA, destacou que a alta observada em agosto ajudou a reverter a trajetória do ano, criando um cenário positivo para os meses seguintes. Ele mencionou que o aumento nos preços médios das exportações também contribuiu para a elevação das receitas em setembro.
A China, principal importador, adquiriu 55,1 mil toneladas em setembro, uma redução de 3,4% em relação ao ano passado. Por outro lado, os Emirados Árabes Unidos importaram 41,4 mil toneladas, uma alta de 17,6%, e o Japão aumentou suas importações em 48,6%, totalizando 36,5 mil toneladas. A lista dos dez maiores importadores inclui ainda a Arábia Saudita, África do Sul, México, União Europeia, Gana, Filipinas e Kuwait.
Entre os estados brasileiros, o Paraná liderou as exportações, enviando 195,6 mil toneladas, seguido por Santa Catarina, com 105,6 mil toneladas, Rio Grande do Sul, com 63,2 mil toneladas, São Paulo e Goiás.
“Oito dos 10 principais importadores de carne de frango do Brasil registraram fortes altas em suas importações. Mesmo entre aqueles com desempenho inferior no comparativo mensal há boas notícias. É o caso da China, que retomou importações em níveis acima das 50 mil toneladas. Outro aspecto relevante é a alta das importações de mercados com alto valor agregado, como o Japão, o que teve impacto positivo no desempenho das receitas registradas em setembro. O movimento também é positivo entre as nações islâmicas, e assim deve seguir nos próximos meses, já que o fluxo logístico para estes destinos foi ajustado diante da situação de conflito na região”, completou Santin.