Escolas da rede estadual do Tocantins conquistaram premiação no Programa Caça Asteroides, desenvolvido em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). São elas: o Colégio Cívico-Militar Domingos da Cruz Machado, de Araguaína, e o Colégio Estadual Virgilio de Melo, de Paranã. A professora Cláudia Dias, da equipe de Ciências da Natureza, de Araguaína, representou o estado na cerimônia nacional de entrega de prêmios, que ocorreu durante a realização da 22ª Semana Nacional de Ciências e Tecnologia, em Brasília, DF, no último dia 22.
O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Educação, incentiva professores e alunos a participarem das olimpíadas escolares e das competições do conhecimento, como forma de terem acesso a mais oportunidades, além de ampliar a aprendizagem.
A Escola Domingos da Cruz Machado participou com o projeto “Guardiões galácticos: caçando asteroides para a Nasa”, uma iniciativa da professora Daiana Rocha, responsável por orientar os alunos no programa de Ciência Cidadã. Por meio do projeto, os alunos participam da pesquisa científica ao identificar asteroides e sistemas protoplanetários reais.
Nasa é uma agência do governo dos Estados Unidos, sigla para Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço, em inglês, National Aeronautics and Space Administration. O Programa Caça Asteroides está presente em mais de 80 países, por meio de treinadores oficiais, coordenado pelo professor Patrick Miller, da Universidade Hardim-Simmons, no Texas, USA.
A professora Daiana explicou que o projeto está sendo desenvolvido na escola desde o ano passado. “Já fizemos muitas detecções de asteroides, e estes ajudam a Nasa a mapear o Cinturão de Asteroides, que fica entre Marte e Júpiter. Quando realizamos uma detecção, enviamos o relatório para análise, que é feita pela equipe do Minor Planet Center, em Harvard, e passa por três etapas. A primeira leva poucos dias. Assim que enviamos o relatório, eles verificam se é uma detecção verdadeira. Se for, a detecção ganha o título de assinatura preliminar, que é o caso das detecções que fizemos no ano passado e neste ano”, explicou a professora.
A segunda etapa leva de dois a quatro anos e corresponde a análise do asteroide e da assinatura preliminar passa para a assinatura provisória. Na terceira fase, a Nasa analisa o asteroide provisório para determinar dados de velocidade, magnitude, órbita e passa para a fase de nomeação.
“Eu sinto enorme satisfação com a evolução do projeto. Em 2024, realizamos sete detecções e, em 2025, alcançamos 11 asteroides identificados, resultado do aprendizado e da evolução contínua. O mais especial é perceber o brilho nos olhos dos estudantes ao descobrirem que podem ser colaboradores científicos importantes. Também me emociona o espírito de união da escola, com todos apoiando e comemorando nossas conquistas”, comentou a professora Daiana.
Experiência de Paranã
No Colégio Estadual Virgilio de Melo, foram premiados, no Programa Caça Asteroides, os estudantes Emyly Sofya Francisco dos Santos e Henrique Gabriel Soares de Souza, ambos residentes na zona rural.
O professor Waldisney Almeida destacou a importância dessa experiência para os alunos. “Esta é uma das atividades mais legais, porque requer atenção dos estudantes e cuidados na hora de analisar as imagens. É uma atividade que aproxima os alunos da ciência e tecnologia num grau elevado, e estamos muito felizes com a conquista desses jovens”, explicou o professor.
O aluno Henrique Gabriel, que acumula medalhas em várias olimpíadas, fala de mais essa conquista. “Participar do Caça Asteroides foi uma experiência única e enriquecedora. Contribuí com a ciência cidadã analisando imagens reais da Nasa em busca de asteroides, o que me permitiu aprender sobre astronomia e desenvolver habilidades como atenção e pensamento crítico. Foi empolgante saber que meu trabalho poderia ajudar em descobertas reais. Sem dúvida, uma experiência que despertou ainda mais meu interesse pela ciência”, frisou.


 
					



 
                
