O médico Edgar Lopez, responsável por uma cirurgia plástica que acabou na morte da empresária Natália Cavanellas, foi excluído da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica).
De acordo com a defesa de Edgar Lopez, o próprio solicitou o desligamento voluntário e, durante o pedido, processos éticos administrativos foram verificados, que acabaram com a pena de exclusão. A defesa alega que os processos são exclusivamente relacionados a questões de publicidade médica.
“Não existe qualquer processo administrativo ou ético em tramitação ou concluído relacionado a erro médico ou imperícia profissional, tampouco qualquer condenação nesse sentido”, diz a defesa.
Em nota, a SBCP informou que o médico Dr. Edgar Alberto Lopez Campos não integra o quadro associativo da entidade e foi desligado a partir de um processo iniciado em 2021, por infrações do regime da sociedade.
A sociedade também afirmou que os órgãos legalmente responsáveis pela apuração e responsabilização do médico foram o Conselho Regional de Medicina e o Conselho Federal de Medicina. Além disso, também manifestou sua consternação diante do acontecido e expressou solidariedade à família neste momento de luto.
“A SBCP não comenta casos específicos, por não ter acesso aos autos e nem aos laudos do Instituto Médico Legal, além de respeitar o segredo de Justiça”, finalizou.
Natália Cavanellas, de 40 anos, morreu na tarde da última segunda-feira (7), no Hospital San Gennaro. No momento da aplicação de injeção na região glútea, ela apresentou uma parada cardiorrespiratória.
A defesa ainda afirma que Edgar Lopez vem prestando assistência à família, mantendo-se à disposição para esclarecimentos técnicos. Em contato com a CNN, Bruna Cavanellas, irmã da empresária, nega a afirmação.
Empresária faria três procedimentos
Ainda de acordo com Bruna Cavanellas, a empresária faria as seguintes cirurgias: lipoaspiração, injeções nos glúteos e ajustes nas próteses mamárias, que foram implantadas há dois anos.
A equipe médica teria iniciado as manobras de reanimação, porém, sem sucesso. Natália morreu na sala em que realizava o procedimento.
Em nota, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) informou que o caso de Natália foi registrado como morte suspeita (morte súbita) no 42° Distrito Policial, no Parque São Lucas.