Rogério de Oliveira/Governo do Tocantins
Na manhã desta segunda-feira, 12, investigações realizadas pela 3ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Araguaína) resultaram na prisão de um indivíduo de iniciais R.L.S., de 47 anos, investigado pelos crimes de extorsão qualificada (art. 158, §1º do Código Penal) e organização criminosa (art. 2º da Lei 12.850/13).
Conforme explica o delegado-chefe da 3ª DEIC, Márcio Lopes da Silva, a prisão ocorreu nas proximidades do setor Jardim das Flores, enquanto o investigado transitava em um veículo e foi surpreendido por uma equipe da Polícia Militar do Tocantins, que realizava diligências na área.
A operação que culminou na prisão de R.L.S., é resultado direto da atuação conjunta entre as Polícias Militar e Civil, que agiram com rapidez e precisão. “A Polícia Militar tomou conhecimento do crime de extorsão ocorrido no bairro Nova Araguaína e, desde o início, por meio de sua equipe de inteligência, acompanhou o caso e repassou à autoridade policial da 3ª DEIC, os primeiros elementos informativos, o que possibilitou a ação imediata da Polícia Civil na coleta de provas e na representação pela prisão preventiva ainda no final de semana, durante o plantão judiciário”, disse a autoridade policial.
Simultaneamente à prisão, a Polícia Civil deu cumprimento a mandado de busca e apreensão domiciliar no endereço da mãe do investigado, situado no Jardim das Flores, onde foram apreendidos aparelhos celulares e porções de cocaína, elementos que reforçam os indícios de envolvimento do suspeito com práticas criminosas.
Entenda o caso
As investigações revelaram que, após o término de sua relação com a ex-companheira, o investigado passou a intimidar e ameaçar os familiares da vítima, exigindo o pagamento de R$ 140 mil sob a alegação de prejuízos financeiros durante o relacionamento.
As ameaças foram realizadas por meio de ligações telefônicas, pichações com conteúdo violento nos muros da residência das vítimas e uma carta manuscrita, deixada no local, com referências a facções criminosas e exigência de pagamento.
“A gravidade concreta dos fatos, o risco de reiteração delitiva e a possibilidade de intimidação das vítimas justificaram o pedido de prisão preventiva, prontamente deferido pelo Judiciário e cumprido com sucesso”, disse o delegado.
Preso, o indivíduo agora ficará a disposição do Poder Judiciário. A Polícia Civil do Tocantins agora possui o prazo legal de dez dias para concluir o inquérito policial e remeter os autos ao Ministério Público, que deverá adotar as providências cabíveis. “Essa é mais uma prisão de grande importância, pois trata-se de um indivíduo de extrema periculosidade, faccionado e que estava ameaçando de morte a ex-companheira e sua família. Deste modo, a pronta intervenção das forças de segurança foi fundamental para se evitar o cometimento de crimes ainda mais graves”, frisou o delegado Márcio.