Doze pessoas foram presas por garimpo ilegal de cristais de quartzo na região Central de Minas Gerais durante uma ação conjunta entre a Polícia Militar, SEMAD (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), PF (Polícia Federal) e o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), realizada entre quarta-feira (2) e quinta-feira (3).
A “Operação Prisma” foi deflagrada nos municípios de Felício dos Santos e Senador Mourão com o objetivo principal decombater práticas de garimpo ilegalde cristal e outros minerais. Segundo a PMMG “a ação visa combater atividades irregulares que causam degradação ao meio ambiente e garantir o cumprimento da legislação ambiental e minerária vigente.”
A Polícia Federal divulgou que cerca de 250 garimpeiros possivelmente estão atuando ilegalmente na extração de cristais na área, visando obter lucro com a venda do mineral a compradores locais. Atividade que tem gerado sérios danos ao meio ambiente.
Ao longo da operação foram apreendidos cinco carros e nove motocicletas — sendo uma furtada, cristais de quartzo, uma arma de fogo, quatro rádios comunicadores, materiais extraídos pela ação criminosa, entre outros.
A operação contou com o uso de drones do Comando de Aviação da PM para mapeamento de dragas e o reconhecimento aéreo das áreas afetadas.
Durante a ação os agentes identificaram danos ambientais significativos como a supressão de vegetação nativa do Cerrado, atividade de extração mineral sem licença ambiental, queima de lixo e ausência de medidas de mitigação de impactos sobre solo e recursos hídricos;
Além disso, as autoridades identificaram que os envolvidos não estavam cumprindo suspensões das atividades que já haviam sido determinadas em fiscalizações anteriores.
Segundo a PMMG, estima-se que a área total impactada foi de 4,2 hectares, sendo 1,7 hectares em Senador Mourão e 2,5 hectares em Felício dos Santos.
Os autores foram presos em flagrante por mineração ilegal, usurpação de bens da União e receptação.
Segundo a Polícia Federal, a operação policial continuará nos próximos dias, com o objetivo de impedir o retorno dos garimpeiros aos locais de extração ilegal.