Os torcedores do Racing White Daring Molenbeek (RWDM) foram surpreendidos nesta sexta-feira (6) com a mudança repentina de nome, escudo e identidade visual do clube.
Agora rebatizado como Daring Brussels, o time adotou um novo logotipo com São Miguel ao centro, além de cores em vermelho e dourado, abandonando o tradicional rubro-negro.
A transformação, anunciada na quinta-feira (5), foi conduzida por John Textor, dono da SAF do Botafogo e proprietário da equipe belga.
O clube justificou a alteração com um comunicado que defende a medida como estratégica para atrair maior reconhecimento internacional. A escolha por “Brussels”, segundo a nota, visa associar a equipe diretamente à capital europeia.
“O renascimento deste nome histórico é uma escolha necessária para criar a marca de um clube que quer ser autossuficiente e sustentável”, afirmou o clube. A decisão também resgata a identidade do Daring Club de Bruxelles, fundado em 1895 e pentacampeão nacional até a fusão com o Racing White, que originou o RWDM.
A reação da torcida foi imediata. Sem aviso prévio ou consulta pública, a mudança gerou indignação. Torcedores lançaram um abaixo-assinado com críticas duras à falta de diálogo e à descaracterização do clube.
“O RWDM não é apenas um nome ou um logotipo: é uma identidade, uma herança, um orgulho”, diz o texto da petição, que somava 1.048 assinaturas até esta sexta-feira (6).
Os protestos também foram agravados pelo contexto esportivo. A equipe fracassou na tentativa de retornar à primeira divisão belga. Mesmo liderando a segunda divisão até a antepenúltima rodada, o time perdeu fôlego na reta final e caiu para a terceira posição. Na fase de playoffs, acabou eliminado pelo Lokeren-Temse, com derrota no agregado por 4 a 3.