A diretora e roteirista Celine Song afirmou que seu novo filme, “Amores Materialistas”, é uma crítica ao capitalismo – indo contra a expectativa de alguns telespectadores de ser mais uma comédia romântica ambientada em Nova York.
“Eu queria falar sobre como o capitalismo corrompeu completamente não só a forma como amamos, mas também como nos vemos como pessoas“, disse em entrevista ao jornal catalão Ara.
“Acho que estou muito preocupada com a forma como somos solicitados a nos tornar objetos de valor, como se fôssemos mercadorias“, completou.
“Amores Materialistas” tem dado o que falar nas redes sociais. Enquanto uns elogiam o texto e abordagem real e crítica de Song, outros afirmam ter se frustrado com o longa, na expectativa de uma comédia romântica.
A sinopse oficial diz: “Lucy é uma casamenteira de Nova York que se vê dividida entre Harry, um empresário romântico e misterioso, e John, um ex-namorado que ainda está tentando equilibrar sua vida, mas desperta uma antiga paixão na mulher”, mas a trama vai além disso.
A partir da vida de Lucy, a cineasta busca abordar a maneira como as relações modernas têm funcionado. A produção reflete sobre os filtros, as exigências e as expectativas que precedem um primeiro encontro, um namoro e um casamento.
Ela decide focar em uma forma materialista de se relacionar. A cliente de Lucy quer encontrar amor, mas esse amor deve ter uma determinada altura, um certo salário e uma boa aparência.
Enquanto uma comédia romântica tradicional tende a trazer elementos de conto de fadas, a abordagem de Song em “Amores Materialistas” é expor o mundo real e moderno das relações, assim como fez em “Vidas Passadas“.