O diretor da Penitenciária Doutor Edvaldo Gomes, em Petrolina, e cinco policiais penais foram afastados das funções por ordem judicial após a deflagração da Operação Publicanos, realizada pela PCPE (Polícia Civil de Pernambuco).
A decisão, confirmada em portaria da SEAP (Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização), na quinta-feira (20), determina ainda o recolhimento das armas e identidades funcionais dos investigados.
Além das medidas cautelares, a SEAP enviou a documentação do caso à Corregedoria da Secretaria de Defesa Social, que deverá instaurar processo administrativo disciplinar contra os servidores.Play Video
Durante a operação, na terça-feira (19), foram cumpridos 16 mandados judiciais, incluindo busca e apreensão, afastamento de funções públicas e bloqueio de ativos financeiros. O foco foi a Penitenciária Doutor Edvaldo Gomes, onde, segundo a investigação, atuava uma organização criminosa envolvida em corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e facilitação da entrada de celulares no presídio.
Mais de 100 policiais civis participaram da ação, que contou também com apoio da Polícia Civil da Bahia. As apurações, iniciadas em maio de 2024, foram conduzidas pela DECCOT (Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária), pelo GOE (Grupo de Operações Especiais), além de contar com suporte da DINTEL (Diretoria de Inteligência) e do LAB/LD (Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro).
As diligências se concentraram nos municípios de Petrolina (PE), Itaberaba (BA) e Juazeiro (BA).
Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária de Pernambuco afirmou que não compactua com irregularidades no sistema prisional e reiterou que está colaborando com as investigações.