A próxima reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado será realizada apenas duas semana depois de sua instalação, no dia 18 de novembro. O encontro será destinado a ouvir o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, e Leandro Almada da Costa, Diretor de Inteligência Policial da corporação.
Ambos requerimentos foram apresentados pelo relator da comissão, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), e foram aprovados no mesmo dia da instalação do colegiado, na última terça-feira (4/11).
A lista de oitivas deverão seguir a ordem dos requerimentos. Ou seja, primeiro serão ouvidos representantes da esfera Federal, depois governadores e na sequência especialistas, dentre eles, o promotor Lincoln Gakiya e o presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima.Play Video
CPI do Crime Organizado
A Comissão, que terá 120 dias para investigar as ramificações do crime organizado no país, foi instalada na última terça-feira (4/11), uma semana depois da megaoperação no Rio de Janeiro que deixou 121 mortos.
A ação policial no Rio tinha o objetivo de combater a expansão do Comando Vermelho, mas a proporção da operação fez com que os resultados repercutissem tanto na opinião pública como na atividade parlamentar.
A CPI foi criada por determinação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Parlamentares da base governista conseguiram emplacar o senador Fabiano Contarato (PT-ES) como presidente –diminuindo as chances de criar-se um novo flanco de desgaste para o governo, como imaginou-se que seria a CPI do INSS.
Segundo o plano de trabalho apresentado pelo relator, a comissão deve fazer um “rigoroso diagnóstico da situação atual da criminalidade organizada no Brasil, da infraestrutura e arcabouço legal disponíveis para o combate ao crime e das experiências exitosas dentro e fora do país na prevenção e repressão à ação das Organizações Criminosas”.
No documento, ele define os principais focos dos trabalhos , quais sejam: ocupação territorial, lavagem de dinheiro -inclusive por meio de fintechs e criptomoedas -, sistema prisional, corrupção ativa e passiva, rotas utilizadas para o transporte de mercadorias, necessidade de integração de órgãos de segurança.







