O ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, que chocou o país ao agredir brutalmente Juliana Garcia dos Santos, de 35 anos, com 61 socos em um elevador em Natal (RN), tem demonstrado uma mudança em sua postura e declarações. Ele está preso preventivamente desde 28 de julho e foi indiciado por tentativa de feminicídio.
Inicialmente, logo após as agressões, o circuito de imagens registrou Igor agindo com calma, ajeitando o chinelo, “como se nada tivesse acontecido”, de acordo com a vítima. A delegada responsável pelo caso descreveu sua postura inicial como de “deboche” e sem arrependimento durante o depoimento.
A própria vítima, Juliana, relatou que ele a ameaçou de morte antes de iniciar a sequência de golpes, que resultaram em quatro ossos do rosto quebrados e uma cirurgia de reconstituição facial.
Em sua defesa, Igor alegou ter sofrido um “surto claustrofóbico” no elevador, embora as autoridades não tenham apresentado laudos que comprovem essa condição. Ele também mencionou ter um filho com espectro autista, o que poderia beneficia-lo como genitor, com a substituição da prisão preventiva por domiciliar, o que a lei veda em crimes de violência doméstica.
No entanto, a Polícia Civil revelou um histórico de agressões prévias: Juliana já havia relatado violência psicológica grave, com empurrões e até incentivo de Igor para que ela tirasse a própria vida, descrevendo o relacionamento como “tóxico e abusivo” e marcado por ciúme desproporcional.
Recentemente, Igor Cabral divulgou uma nota por meio de sua defesa, onde expressa “arrependimento e respeito”. No comunicado, ele pede perdão a Juliana e sua família, afirmando que “encontrará cura” e que “não tem intenção de justificar nada, tampouco minimizar o impacto dos fatos”.
“Não deu certo, eu estou viva”, diz vítima de 60 socos em recado para o ex
A empresária Juliana Garcia dos Santos, de 35 anos, foi brutalmente agredida, recebendo 61 socos em apenas 36 segundos de seu ex-namorado, Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, que jogou basquete profissionalmente. Em uma entrevista ao programa Domingo Espetacular, da Rede Record, Juliana enviou uma mensagem ao agressor: “Que ele soubesse que não deu certo, que eu estou viva”.
Determinada a dar visibilidade a outras mulheres em situação de vulnerabilidade, ela reforça a mensagem de que “a culpa não foi minha e a culpa nunca será da vítima”.
Para Juliana, seus “olhos agredidos” se tornaram um símbolo de “resistência”. “Eu não tenho opção a não ser forte”, declarou Juliana, que se define como uma “mulher livre e cheia de sonhos”.